A ministra da Presidência realizou uma visita à FATACIL na companhia do presidente da Câmara Municipal de Lagoa e da CCDR Algarve.
Foi com muita alegria que a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, inaugurou a FATACIL – Feira de Agricultura, Turismo, Artesanato, Comércio e Indústria de Lagoa, no final da tarde de sexta-feira dia 18, momento que marcou o início do certame que se estende até dia 27 de agosto no Parque Municipal de Feiras e Exposições de Lagoa.
A acompanhar a ministra na habitual primeira visita à feira, onde degustação de petiscos e bebidas não faltaram, esteve Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, bem como José Águas da Cruz, presidente da Assembleia Municipal, José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, outras personalidades, entre os quais autarcas de Lagoa, de outros concelhos, diretores regionais de vários serviços e ainda deputados.

Mariana Vieira da Silva, a primeira-ministra em funções na sequência das férias de António Costa, aproveitou a 42.º edição da feira para cumprimentar artesãos, conversar com empresários e saudar membros de instituições ao defender que esta é uma «montra daquilo que é uma das principais prioridades para o Algarve nos próximos anos: a diversificação da oferta e ser uma região que cada vez mais viva de várias atividades económicas».
Governo tem trabalhado para «fazer uma transformação no Algarve»
Ao salientar que a FATACIL é «fundamental para o crescimento da região, para o emprego e para o crescimento do país», a ministra reforçou que o governo tem trabalhado em conjunto com a CCDR, autarquias, empresas, escolas e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para «fazer uma transformação no Algarve que permita alargar a rede de cuidados continuados, enfrentar o tema da habitação com a construção de novos fogos do programa de habitação e do programa de habitação acessível, um alargamento da rede de cresce e a valorização do património».

Como tal, defendeu que o país está «muito melhor colocado para enfrentar os desafios do futuro», destacando «a capacidade de ter profissionais acima da média europeia em áreas fundamentais» e o facto de a Comissão Europeia identificar Portugal como a nação «mais próxima de cumprir as metas de ação climática». Nos próximos anos, Portugal vai receber mais de 50 mil milhões de euros de fundos comunitários europeus cuja aplicação, não apenas no Algarve mas em todo o território, será «desafiante», na ótica da ministra que vê esta como uma oportunidade de o país «se empenhar em triplicar a capacidade de absorver» capitais financeiros.
«O valor dos pagamentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está em franco crescimento ao longo deste verão, chegando a empresas, universidades e autarquias, com a possibilidade de fazermos transformações estruturais nas regiões», de acordo com Mariana Vieira da Silva que frisou o decorrer de importantes investimentos nomeadamente no âmbito do abastecimento de água, com o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, e da criação de alojamento estudantil.

Emprego regista «máximos históricos» e inflação «caminho de redução»
Ao relembrar a necessidade de garantir a adoção de medidas «quer do lado da procura e da oferta ao mesmo tempo que investimos nas soluções estruturais que são um dos elementos centrais do PRR do Algarve», a ministra ressaltou que a recuperação da pandemia dá a Portugal «confiança para o futuro», dado que o país «não estagnou nem entrou em recessão» e registou, até, neste segundo trimestre, o terceiro maior crescimento da União Europeia, com o emprego em «máximos históricos» e a inflação num «importante caminho de redução».
Ainda que a recuperação do poder de compra anime a perspetiva futura, a ministra recordou que «os problemas reais continuam a afetar as regiões» e existe um «caminho pela frente» mencionando que, no Algarve, há «muitos indicadores a mostrar um investimento de fundos europeus que permitem valorizar os ativos da região, mas também diversificar a sua economia».

A mensagem de otimismo na «capacidade de crescer, procurar um futuro de desenvolvimento económico, social, de sustentabilidade e coesão territorial», assim como na «prosperidade partilhada em todas as regiões», não foi só de Mariana Vieira da Silva, mas também de Luís Encarnação que apelidou a FATACIL como uma «montra ímpar do que melhor se produz em Lagoa, no Algarve e no país, no sector do artesanato e nas áreas do turismo, comércio, indústria e agricultura».
Esta edição, que se segue a uma em que foi possível alcançar 34 mil visitantes num dia e mais de 200 mil ao longo de todo o evento, segundo o presidente Luís Encarnação, assinala os 250 anos da criação do concelho de Lagoa e distingue-se de todas as anteriores por inúmeros fatores, entre os quais a «ambição reforçada e exigência redobrada, com o compromisso de uma feira maior, mais amigável para as famílias e mais sustentável».

FATACIL é «um poderoso instrumento económico», diz Luís Encarnação
Além da área ser mais ampla e o espaço ter melhores condições e equipamentos, este ano, a sustentabilidade ambiental reflete-se na reintrodução de copos reutilizáveis, modelo já adotado em 2019, medida que permite «a poupança de largas quantidades de plásticos e a garantia de um espaço mais limpo», e na substituição do habitual fogo de artifício por um espetáculo multimédia.
A exposição e alcance da feira é, para o presidente do concelho, «um poderoso instrumento económico que pode ser aproveitado não apenas localmente, mas por toda a região», promovendo uma «cultura rica e multifacetada visível nas dezenas de stands onde é possível reconhecer a riqueza do artesanato local, regional e nacional».

A FATACIL apresenta uma vasta exposição do trabalho de artistas de todo o país, uma programação musical diversificada, tanto no palco principal como secundário, e conta ainda com reconhecidos nomes a nível nacional e internacional do sector equestre.
O valor do bilhete diário é de cinco euros, havendo possibilidade de adquirir um bilhete diário familiar por 16 euros e o passe para os 10 dias por 30 euros, sendo que as crianças até aos 12 anos (inclusive) não pagam entrada, mediante apresentação do Cartão de Cidadão. Os bilhetes podem ser adquiridos nos espaços habituais.
