Rui Cristina quer aliar sector privado, público e cooperativo em política de habitação

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Deputado do PSD Rui Cristina defende para o Algarve uma política habitacional que alia o sector privado, público e cooperativo.

No debate na especialidade do Orçamento do Estado 2024 que decorre na Assembleia da República e que poderá ser aprovado, caso a decisão do Presidente da República quanto à dissolução do órgão legislativo seja posterior a 29 de novembro, o deputado Rui Cristina defendeu «uma política habitacional transversal, aliando o sector privado, o público e o cooperativo. Há que criar uma oferta para famílias carenciadas, mas abrangendo também as de rendimento médio».

Para resolver a crise da habitação, o PSD apresentou «uma proposta que foi ignorada pelo Partido Socialista (PS), mas que não se pode diluir e continuaremos a pugnar pela sua execução», assegurou no parlamentar na audição com a titular do sector da habitação.

«O impacto negativo das medidas do programa Mais Habitação aprovado pelo Partido Socialista assumem contornos de total desajuste com a realidade dos algarvios», alegou na sua intervenção.

O Algarve é o paradigma da crise de habitação que afeta o país. Há uma assimetria muito grande de alojamentos para compra e arrendamento turístico e outros destinados a residência permanente. A região suporta «uma exuberância de preços no edificado, que esconde os dramas de muitas famílias a que o Programa mais habitação não dá resposta. A crise afeta os residentes, empresas que precisam de trabalhadores, que não se podem fixar na região por falta de alojamento e sobretudo os jovens», diz o deputado em nota enviada ao barlavento.

Deputado do PSD Rui Cristina defende para o Algarve uma política habitacional que alia o sector privado, público e cooperativo.

Outra das questões com que se insurgiu refere-se às novas regras do Alojamento Local (AL), onde «ficou demonstrado o desnorte total do Ministério da Habitação, já que serão prejudicadas milhares de pessoas, com medidas como a suspensão de novos registos AL».

Para Rui Cristina «considerar que a cidade de Quarteira equivale à freguesia lisboeta de Santa Maria Maior, que Olhão iguala freguesias do centro histórico do Porto, sem olhar para especificidades regionais, é um logro de consequências economicamente devastadoras. E de pesadas consequências sociais».

«Ignorar as propostas sérias do PSD, para depois apresentar como uma das soluções milagrosas a destruição do Alojamento Local que já se responsabiliza por cerca de 50% do alojamento turístico a nível nacional, é uma armadilha, não é uma solução», sublinhou.

«Os empreendedores individuais investiram nas suas propriedades, assumiram encargos, com empréstimos, salários dos postos de trabalho diretos e os das atividades relacionadas. Negócios que vão ser destruídos», considera.

E recordou ainda que o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) «tem de ser aplicado até 2026, uma oportunidade de ser um financiamento a cem por cento, até haver dinheiro. Temos o exemplo de Loulé: O programa habitacional da autarquia destinado a habitação social, só estará concluído em 2030».