• Print Icon

Parchal mereceu a segunda visita da iniciativa «Sentir Lagoa 2023», organizada pelo Partido Social Democrata (PSD) Lagoa.

Mais uma vez, depois de Ferragudo, ficaram reforçadas as preocupações com as infraestruturas urbanas, estacionamento, requalificação urbana e equipamentos.

A comissão política, representada pelo vice-presidente Luís Tito e os vogais Nuno Basselli e Rui Antunes, foi acompanhada pelo vereador Mário Vieira, pelo deputado Municipal Joaquim Cabrita e pelo membro da Assembleia da União das Freguesias, Eduardo Ferreira.

Na visita, ficou mais uma vez patente «a incapacidade da atual gestão camarária, assente numa maioria absoluta socialista, em passar dos estudos e projetos amplamente anunciados para a execução objetiva da obra».

Infelizmente, diz o partido da oposição, «a concretização desses projetos amplamente anunciados ficou-se por duas pequenas intervenções no início do mandato socialista, que já leva longos 10 anos. Um pequeno Parque urbano e também uma pequena bolsa de estacionamento, ambos na área residencial da CHE Lagoense, e pelo início da requalificação da estrada de acesso ao concelho por poente – parou à entrada da vila, encontrando-se por requalificar a área que atravessa o coração da Vila, denominada Rua Infante Santo, parte integrante da antiga EN125, que teima em eternizar-se no papel das Grandes Opções do Plano (GOP) de um ano para o outro».

A visita mostrou também que a requalificação Urbana da baixa do Parchal – Estação de caminho de ferro, «deve ser entendida como investimento determinante para a qualidade urbana e de vida dos moradores visitantes e comerciantes».

Por outro lado, «não se vislumbra a requalificação da área adjacente ao edifício do Centro de Congressos do Arade para Parque Urbano. A Vila não tem um verdadeiro parque urbano, mais um investimento sucessivamente prometido e também sucessivamente adiado ao longo dos 10 anos de gestão socialista e sem luz ao fundo túnel», aponta o PSD Lagoa em nota enviada ao barlavento.

Subsiste, aliás, «a dúvida sobre se será aqui ou noutro local a sua concretização efetiva. O que parece é que o executivo camarário vai a caminho de mais um estudo e/ou um projeto para a sua localização. Enquanto isso a população aguarda o parque urbano».

Sobre esta matéria o PSD apresentou «ideias claras para o parque urbano e equipamento desportivo. É bom lembrar que, ao contrário do afirmado, há projeto para uma nova piscina municipal», deixado pelo PSD.

Outro dos assuntos abordados na visita foi a preocupação com a questão das condições do edifício do centro de saúde, mas também a sua localização.

O Parchal cresceu para sul (para a área da Bela Vista), onde já se encontra a principal massa populacional, e nessa medida o Polo de Saúde começa a ficar deslocado dos seus utentes. Há também a questão do espaço adjacente ao atual edifício necessitar de outras respostas urbanísticas com vista à sua requalificação urbana, não sendo compatíveis com a necessidade de criar melhores e mais condições para um Polo de Saúde que requere mais valências, tendo presente o forte crescimento habitacional da vila».

Neste particular, o vereador Mário Vieira manifestou preocupação, uma vez que «a ideia transmitida pelos membros do executivo com responsabilidades na área passa pela ampliação do atual edifício com a construção de um piso superior. Uma ideia que não vai ao encontro das futuras necessidades do edifício, nem das necessidades para a requalificação urbana da área, que defende»

Ainda houve a oportunidade de visitar o Centro de Congressos do Arade, recentemente adquirido pelo município, aquisição aprovada pelo PSD, «com o objetivo de o devolver rapidamente ao serviço da cultura e da economia. Foi desolador verificar o grau de destruição, vandalismo puro, causado no edifício, nomeadamente no interior. Situação condenada de forma veemente por todos, com forte sentimento de revolta».

O vereador Mário Vieira voltou a sublinhar a sua preocupação, já manifestada na reunião da Câmara e traduzida na declaração de voto relativamente à primeira revisão orçamental.

«Falta ambição, assente na ausência de uma estratégia para colocar o Centro de Congressos como um dos investimento prioritário para 2023, (espelhado no valor disponível para 2023, correspondente a um 1/4 do investimento necessário) de forma a devolver ao concelho um equipamento fundamental para a dinamização da cultura e da economia complementar à oferta turística. Dotar rapidamente as áreas urbana a poente do concelho de tão importante equipamento, é também fundamental para o aumento da oferta da qualidade de vida dos seus habitantes. Infelizmente, a calendarização prevista para a concretização da recuperação deste equipamento não vai ao encontro dessas necessidades imediatas. Resta-nos a satisfação pela contratação de um técnico conhecedor da realidade e necessidades do Centro para o reerguer».

O PSD Lagoa reafirma que «é hora de voltar a colocar as pessoas em primeiro lugar nas prioridades políticas, pensando no seu futuro. Um futuro onde o concelho seja económica e socialmente sustentável. Mais do que não deixar nenhum lagoense para trás, o que nos motiva é entender todos e cada um dos lagoenses como a verdadeira e única prioridade».