PCP promove ações pelo controlo de preços do cabaz alimentar

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O Partido Comunista Português (PCP) está a promover uma ação junto das grandes superfícies comerciais controlo de preços do cabaz alimentar.

O Partido Comunista Português (PCP) está a promover em todo o país, incluindo no Algarve, uma ação nacional de contacto com a população, junto das grandes superfícies comerciais.

Esta iniciativa tem como objetivo a divulgação da proposta do PCP para a fixação de preços dos bens alimentares, que será votada hoje sexta-feira, dia 13, na Assembleia da República.

«Os produtos alimentares essenciais fazem parte dos bens cujo acesso para a larga maioria da população não deve ficar dependente das estratégias de maximização de lucro dos grupos económicos do sector da grande distribuição. Ao mesmo tempo que esmagam os preços pagos aos produtores e que aniquilam o pequeno comércio, a grande distribuição apropria-se de margens de lucro especulativas, que fazem repercutir sobre os preços pagos pelos consumidores», defendem os comunistas.

O PCP «destaca a falta de respostas do governo do Partido Socialista (PS), no combate à especulação. O Governo tem ao seu dispor instrumentos para enfrentar esta especulação, só não o faz porque não quer. Em novembro, o PCP apresentou uma proposta para controlar os preços, e PS, PSD, IL e Chega juntaram-se para a rejeitar. Como resposta ao problema aparece a proposta de baixar o IVA. Podendo ser positiva nalguns produtos, isoladamente tal medida não é solução para a escala de preços e de lucros que continuarão a ir para os bolsos da grande distribuição, mais uma vez».

Para responder ao problema, diz o PCP, «é preciso enfrentar os lucros fabulosos (em 2022 foram mais de 629 milhões só para os 2 maiores grupos da distribuição) e aprovar a proposta do PCP para a criação de um regime de preços máximos a aplicar a um cabaz alimentar essencial, definir um preço de referência para cada um dos produtos, com base nos custos reais. Esta iniciativa do PCP envolve a distribuição de um documento sobre a matéria junto dos consumidores, nos principais concelhos da região».