Cristóvão Norte, deputado algarvio do Partido Social Democrata (PSD) defende que «tem que haver turismo externo» para evitar desemprego e «falências em catadupa».
Na audição do Ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, ontem, terça-feira, dia 2 de junho, o deputado Cristóvão Norte defendeu que «se há sectores de atividade em que se pode falar de retoma, outros tem que se falar de salvação. O turismo, e o que lhe está associado, é um desses casos, em particular em regiões como o Algarve e Madeira, ambas fortemente dependentes do turismo externo. Para que não haja um terremoto económico e social, com maior perda de emprego e falências em catadupa, tem que haver turismo externo».
Norte enumerou quatro condições para que isso seja possível, a tempo de salvar o que for possível este verão, a saber: «um país ou região com incidência de COVID -19 residual, que projete essa imagem, que tenha acessibilidade aérea definida atempadamente, e que, estabeleça a obrigação de quem entrar venha munido de um certificado de como está COVID-19 negativo».
«Este último ponto é vital, pois só assim se dá confiança a quem vem , a quem cá está, se previne o descontrolo das condições sanitárias e se reforça as condições do turismo. Esta é a melhor forma de ter turismo em grandes quantidades com risco mínimo para a saúde. De outra forma, podemos colocar em perigo o que foi bem feito», disse.
Segundo o parlamentar, o Estado deve investir nesse objetivo, reembolsando quem suportar esse custo, considerando que esse seria um investimento menor para ganhos essenciais para salvaguardar as empresas e o emprego.
O deputado instou ainda que seja criado um programa de resposta especifico para o turismo e para regiões mais deprimidas, o qual deve tratar, entre outras coisas, o fim das mais-valias no alojamento local, a revisão de proibições que não fazem sentido em áreas como a restauração e animação turística, bem como o alargamento do layoff simplificado, de modo a que as empresas do sector possam subsistir até voltar a retoma, previsivelmente até à Páscoa de 2021.
O Ministro do Estado e da Economia, não respondeu, contudo, à questão dos testes e assumiu que é importante ter respostas especificas para o turismo.