Abandono e degradação da antiga cocheira de locomotivas do Terminal Ferroviário de Lagos preocupa os candidatos da Coligação Democrática Unitária (CDU).
Continua na incompreensível situação de abandono e degradação, a antiga cocheira de locomotivas do Terminal Ferroviário de Lagos, classificada como Núcleo Ferroviário de Lagos do Museu Nacional Ferroviário.
Esta antiga cocheira de locomotivas, com a plataforma rotativa para manobra das locomotivas, foi construída na década de 1920 e é considerada a única do seu género existente em Portugal.
Para melhor conhecimento da situação atual desta importante peça do património histórico e de memória local e dos Caminhos de Ferro, uma delegação da CDU que incluía Alexandre Nunes, primeiro candidato à Câmara Municipal de Lagos, José Manuel Freire, primeiro candidato à Assembleia Municipal e Luís Fagundes, primeiro candidato à Assembleia de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, visitou o local.
Os candidatos constataram o estado de total abandono e a caminho da ruína, com o risco de se tornar irrecuperável, em que se encontra este núcleo museológico, que só esteve aberta ao público duas vezes por semana em 2007.
Ora por mais que uma vez e desde há anos que a CDU e o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) têm vindo a questionar o governo, a Fundação do Museu Nacional Ferroviário e a Câmara Municipal de Lagos sobre esta situação, sem que se tenha verificado qualquer alteração no sentido de proteger tão importante peça do património cultural e de memória histórica na evolução da cidade, do concelho e até do Algarve.
No momento em que se prepara em Lagos a comemoração do centenário da chegada do comboio, exige-se daquelas entidades a urgente tomada de medidas para reabilitação e abertura ao público do Núcleo Museológico que integra a antiga cocheira de locomotivas e placa rotativa.
Esta história, contudo, não deixa de ter contornos caricatos.
Em 2018, um técnico superior da autarquia de Lagos informava a vereação que, depois de ter analisado todo o processo, concluiu que «aquele espaço não é propriedade do município e só poderá ser musealizado com investimento municipal avultado não estando, para já, dentro das prioridades definidas nas linhas de ação».
Por outro lado, dizia a autarquia de Lagos que «apenas existem minutas do protocolo a estabelecer entres as partes, concluindo-se que a versão final proposta pelo município não chegou a ser formalizada» embora não adiante qualquer justificação para tal facto…