CDS-PP Portimão acusa governo de «esquecer o Barlavento algarvio»

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A concelhia do CDS-PP de Portimão acusa o governo de, «uma vez mais, esquecer o Barlavento algarvio».

Na sequência do «projeto estruturante» apresentado pelo primeiro-ministro, o metro de superfície que irá ligar Olhão, Faro e Loulé, numa extensão de 38 quilómetros (km), o CDS-PP de Portimão «não pode de deixar de notar que uma vez mais o Barlavento algarvio ficou esquecido como já tem sido a praxis dos sucessivos governos».

Em nota assinada por Afonso de Lousada, presidente da comissão política concelhia, os centristas argumentam que «a região algarvia padece de graves problemas no que concerne à mobilidade, e este tema não é recente. É um problema crónico! No que toca à ferrovia, somos orgulhosos proprietários de carruagens antigas e poluentes que circulam numa linha velha, parte dela ainda por eletrificar, que não responde, de todo, às necessidades do distrito».

E assim, «à semelhança da ferrovia, o transporte rodoviário, é deficitário, não responde às necessidades dos residentes na região. As soluções acabam por recair no transporte privado, e até aqui os governos têm falhado miseravelmente! No Algarve existem duas opções para a mobilidade, a Estrada Nacional 125, e a A22. No que concerne à A22, aguardamos ad aeternum pela prometida descida dos preços que o governo teima em não implementar, e para o comum do cidadão, que na falta das demais opções, tem de recorrer à EN125, sabe que esta não é solução de todo».

O CDS-PP de Portimão «não fica indiferente ao facto de ser um projeto bastante apelativo, e que de facto, contribuirá para o desenvolvimento do sector da mobilidade no Algarve, nem que seja para menos de metade da região. Isto é, se for realmente implementado, pois pela mão dos sucessivos executivos socialistas muitas promessas foram feitas, e ainda se aguarda o começo de pelo menos uma delas, recorde-se a título de exemplo, o Hospital Central do Algarve».

Não obstante, «a acontecer o improvável e o projeto avançar, uma vez mais, à semelhança do passado, o Barlavento algarvio não é tido nem achado, é esquecido! Haja coerência em algo! Relembremos, construção da Via do Infante (A22), o troço que liga o Barlavento ao resto do Algarve foi o último a ser construído. Quanto à ferrovia, o cenário repete-se, ainda se aguarda a eletrificação no Barlavento», lê-se ainda na nota.

Com «tantos problemas estruturais no distrito, diga-se, a escassez de funcionários públicos, de profissionais da saúde e da educação, a precariedade laboral causada pela sazonalidade do sector hoteleiro, a dependência imensa deste sector para a sobrevivência da região, a habitação a preços exorbitantes, e a carência desta por falta de respostas da Administração Pública, a seca extrema, entre muitos outros e o primeiro-ministro entende que o melhor a fazer é lançar um metro de superfície que dá resposta a três dos 16 municípios algarvios. Promessas, promessas e mais promessas, nunca nada é concretizado, e quando o é, o modus operandi passa por ter o Algarve a ser desenvolvido a duas velocidades, que se traduz no desenvolvimento do Sotavento. Quanto ao Barlavento a postura do governo é só uma, os outros que se danem».