O Bloco de Esquerda (BE) exige que seja feito um Estudo de Impacto Ambiental nas Alagoas Brancas, em Lagoa.
A audição do movimento cívico «Salvar as Alagoas Brancas» decorreu na Assembleia da República, no dia 4 de abril, naquela que foi mais «uma tentativa para proteger a zona húmida situada na cidade de Lagoa».
Segundo informação deste movimento, há a intenção do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) de avançar com uma moção para a remoção do cágado mediterrâneo daquele habitat, como se pode ler na comunicação, quando não existem garantias da sobrevivência das espécies deslocadas.
O Bloco de Esquerda acompanhou a situação a nível local e nacional, tendo denunciado o Ecocídio nas Alagoas Brancas, em novembro passado, à Comissão Europeia.
Catarina Martins considera que «é absolutamente irresponsável esta visão administrativa, burocrática, dos direitos adquiridos, que nos dizem que o estado não pode negociar nenhuma mudança em relação ao que fez para proteger a população e a biodiversidade».
Martins lamentou o facto da Comissão do Ambiente e Energia se mostrar despreocupada com as questões ligadas à Estratégia de Biodiversidade para 2030, que identifica a necessidade de aumentar as áreas protegidas da UE para, pelo menos, 30 por cento com objetivos específicos de preservação deste tipo de ecossistemas e referiu que «se nós não mudarmos nada e se tudo o que está decidido é assim para sempre, então nada pode ser feito» e não aceita este tipo de argumentos.
A coordenadora do partido questionou sobre qual o sentido de se manterem decisões tomadas em 2009, uma vez que hoje o conhecimento sobre o impacto das alterações climáticas e biodiversidade é outro. Recordou as espécies protegidas que o Movimento não se cansa de enumerar e afirmou que «há dúvidas que nós não temos», recordando o que tem de ser feito para evitar a todo o custo o risco de alagamento, inundações e segurança da cidade de Lagoa.
Os bloquistas exigem que seja feito um estudo de Impacto Ambiental para as Alagoas Brancas.