PSD regressa a Monchique de olhos postos no futuro

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A Festa do Pontal marca o arranque do ano político depois das férias de verão e como é tradicional, este é um evento seguido atentamente por todo o país. Este ano, já em pleno calendário eleitoral, o Presidente do PSD deixou clara a mensagem do partido e os objetivos pelos quais temos de lutar para alcançar uma mudança nas legislativas de 6 de outubro.

Porém, a Festa do Pontal tem ainda maior significado para os simpatizantes e militantes do PSD de todo o país, pois permite o reencontro da família social-democrata e o reforço das nossas convicções.

Confesso que foi com alguma emoção que participei na edição 2019 da Festa do Pontal, por esta se realizar no mesmo local onde Francisco Sá Carneiro fez o primeiro comício no Algarve em 1975, inaugurando assim um evento que na altura não se chamaria Pontal, mas continha já o espírito e a ‘garra’ que o Partido tem manifestado ao longo dos anos, na defesa dos interesses do país.

Ao descentralizar a Festa para Monchique, o PSD quis também manifestar a sua solidariedade com os monchiquenses, vítimas de um incêndio cujos apoios, um ano depois, tardam em chegar, deixando na miséria e no desespero inúmeras famílias.
Em Monchique, o PSD deu um sinal de que a descentralização também faz parte do nosso programa, como lembrou o presidente Rio, que no seu discurso prometeu: «vamos comprar uma guerra pela descentralização e enfrentar os interesses instalados em nome do futuro do país».

Foi por isso importante realçar o sentido de proximidade para com os monchiquenses e, através deles, com todos os portugueses que vivem no interior, tão maltratados pela centralização que impede o desenvolvimento das suas terras e o crescimento do nosso Portugal.

É de toda a justiça referir aqui o empenho do presidente da Distrital do PSD Algarve, que se empenhou pessoalmente na organização da festa e fez dela uma celebração rica em tradições e em gestos simbólicos. À plantação de medronhos, uma espécie emblemática da serra de Monchique, o Eng. David Santos associou jogos tradicionais e ainda um renhido torneio de futebol onde se defrontaram quatro equipas de várias origens, sendo que os Algarvios levantaram o troféu como vencedores.

Regressando à política nacional, no jantar foram apresentados os cabeças de lista por cada região, assim como a lista de candidatos pelo Algarve, cujo segundo lugar ocupo, com muita honra e sentido de responsabilidade.

O dia culminou com a inspiradora intervenção de Rui Rio que, além da descentralização e entre outros temas, traçou como objetivos do partido «tornar a justiça mais eficaz», combatendo os problemas da corrupção que «não se resolvem com notícias nos jornais».

Anunciou igualmente medidas a favor do ambiente, designadamente uma melhor florestação do país. Uma parte da intervenção clarificou os motivos pelos quais pelos quais os portugueses não deveriam votar no PS nas próximas eleições, como a utilização do Estado para «servir o próprio partido e as suas famílias», a degradação dos serviços públicos, mas também pelo aumento das listas de espera para cirurgias e a crescente falta de médicos, que tanto penalizam os algarvios.

O discurso de Rui Rio terminou com umas quadras da sua autoria, inspiradas no «maior poeta popular português» o algarvio e louletano António Aleixo, desmascarando desta forma inovadora, a má governação a que o PS nos sujeita e que «o povo irá derrotar», permitindo ao PSD ganhar.

O PS governa mal
só o presente lhe interessa
O futuro de Portugal
é coisa que não tem pressa
O circo monta e desmonta
dramatiza e sobressalta
Tem sempre a novela pronta
espetáculo nunca falta
Não são dadas a rigores
as políticas socialistas
Foi assim com os professores
e agora com os motoristas
Mas o teatro montado
que o povo irá julgar
por certo será derrotado
e o PSD vai ganhar.