Sou o Bruno Ribeiro, 41 anos, nascido e criado em Tavira, agora residente em Loulé, um de cinco filhos numa família numerosa pelos padrões de hoje.
Os meus pais criaram-nos com apenas um ordenado certo, o do meu pai, e com o trabalho ocasional da minha mãe, que precisava de cuidar dos filhos numa altura em que poucos infantários havia e onde arranjar vaga era quase impossível.
Considero-me um cidadão normal, levanto-me da cama de manhã, vou trabalhar e regresso ao fim do dia a casa. Uma rotina, muito familiar, semelhante à maior parte dos portugueses.
Não sou político, nunca o fui, e nunca me revi em qualquer partido português, nunca gostei das máquinas partidárias. E eis que surge o Volt Portugal.
Porquê o Volt? É um partido europeu, o primeiro, diga-se, nasce em resposta direta ao Brexit e tem como objetivo combater as crescentes tendências nacionalistas e populistas que tem aparecido na Europa e no mundo.
Somos progressistas, procuramos promover soluções inovadoras para os problemas comuns e para o aperfeiçoamento da condição humana em sociedade, soluções onde prevaleçam os valores da liberdade, da igualdade de oportunidades, da solidariedade, da dignidade humana e dos direitos humanos.
Um progressismo ecológico, onde o bem-estar do planeta e dos outros seres vivos são um fim em si mesmo e uma condição necessária para o bem-estar da sociedade.
Somos pragmáticos, temos uma visão e valores que procuramos que funcionem com base no consenso, no uso da razão e da evidência científica e nunca em dogmatismos ideológicos ou no egoísmo da procura do poder.
Colocamo-nos ao centro do espetro político, vemos o Estado como um meio e não um fim, defendemos que o Estado deve intervir tão pouco e tão rápido quanto possível e tanto e por quanto tempo for necessário.
Somos europeístas, mas também portugueses. Vemos na União Europeia uma parte da nossa identidade e futuro e, reconhecendo a interdependência do mundo em que vivemos, olhamos para o aprofundamento do projeto europeu e para a construção de uma federação europeia como o caminho para a resolução dos grandes desafios que enfrentamos.
Queremos uma Europa unida e mais democrática que valoriza os seus cidadãos e os seus residentes, que não deixa ninguém para trás e que cria e mantém as condições necessárias para a realização do potencial único de cada um e da comunidade no seu todo.
Uma Europa que se esforça continuamente para alcançar, em conjunto e de forma solidária, os mais elevados padrões de desenvolvimento humano, social, ambiental e técnico e que possa ajudar a guiar o resto do mundo através do exemplo na prossecução desses mesmos padrões, sendo um promotor chave da paz, da justiça, da prosperidade e da sustentabilidade global.
O Volt Portugal apresenta um programa eleitoral sem amarras ideológicas com três bandeiras: um estado inteligente, um renascimento económico que não deixe ninguém para trás, e um combate pragmático às alterações climáticas.
Para o Algarve, defendemos que se deve avançar com a regionalização como um vetor de desenvolvimento da região, aproximando as estruturas governativas do cidadão, criando um maior incentivo ao envolvimento político e ao voto. Acreditamos que beneficiaria a coesão territorial e a eficácia e eficiência dos serviços públicos.
Um governo regional seria mais capaz de resolver os problemas económicos, estruturais e sociais do Algarve, de uma forma mais rápida e mais especializada que as estruturas de um governo central.
Minimizar os efeitos da seca, que até hoje ainda não tiveram uma única medida. Com as alterações climáticas, a crescente cultura do abacate e com inúmeros campos de golfe, é preciso pensar no futuro antes as torneiras sequem.
Gostaríamos de ver implementada a reutilização da água proveniente das ETAR para a rega, a taxação diferenciada dos grandes gastadores, como incentivo à poupança e um estudo sobre o impacto da cultura de abacate sobre os recursos hídricos algarvios.
Mais e melhor acesso à saúde, um problema de longa data, achamos que as estruturas hospitalares do Algarve estão desajustadas das necessidades da região, precisando de investimento estrutural e que se criem condições para a fixação de novos profissionais de saúde na região.
O direito à habitação, para que não aconteça o que se vê hoje em Lisboa, para que os algarvios possam viver onde nasceram. Temos um programa ambicioso, mas capaz de dar resposta às necessidades dos portugueses, capaz de inovar e de mudar o estado atual das coisas.
Portugal tem sofrido pela falta de visão dos nossos governantes, incapazes de se adaptar a um mundo em constante mudança e agarrados a um Status quo que vigora há décadas.
Depois de 36 anos no projeto europeu, continuamos na cauda da Europa em muitos aspetos.
Os estados-membros que entraram bem depois de Portugal conseguem fazer mais e melhor e ultrapassar-nos. Não está na altura de mudar? E se a política fosse feita por pessoas como eu e tu? O Volt és tu.
Bruno Ribeiro | Mandatário e cabeça de lista do Volt Portugal por Faro