A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira, de Olhão, pede que o ano letivo termine de imediato.
Ontem, domingo, dia 27 de junho, a Autoridade de Saúde Regional do Algarve determinou a suspensão imediata da atividade letiva presencial para o 1.º e 2.º ciclos em cinco concelhos do distrito de Faro, entre os quais Olhão, cujo efeito foi a passagem do ensino para o regime à distância (online).
A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (APAIS) «tem manifestado sempre a sua solidariedade para com as instituições de Saúde e de Ensino, que, no nosso entender, têm feito o melhor possível desde que se iniciou a situação pandémica que vivemos».
No entanto, explica aquele coletivo em comunicado enviado à redação do barlavento, «não podemos deixar de assumir a nossa perplexidade perante esta situação, que não trará benefícios para nenhuma das partes envolvidas, sejam os alunos, os encarregados de educação ou os professores. O ano letivo 2020/2021 foi prolongado até ao dia 8 de julho devido à suspensão da atividade letiva durante duas semanas, entre 25 de janeiro e 05 de fevereiro, com a perspetiva de que este tempo serviria para recuperar as aprendizagens prejudicadas durante o regime online que iniciou no dia 08 de fevereiro. Assim, estas duas semanas de aulas que nos separam do final do ano letivo não poderão ter a capacidade de servir para recuperar aprendizagens, uma vez que serão também elas online».
A APAIS entende que «todos os intervenientes no processo educativo estão exaustos e no limite das suas capacidades, sobretudo os alunos e os professores, mas também os pais e encarregados de educação».
«Passar novamente para um regime diferente de ensino, num tão curto espaço de tempo e numa altura em que se contavam os dias para as férias de verão, será um embate para as crianças cujas consequências a nível anímico são difíceis de prever para já. Não estamos a falar de máquinas que mudam de registo com o premir de um botão. Trata-se de seres humanos, de tenra idade, com muitas expectativas e emoções e pouca capacidade para as gerir».
Desta forma, a APAIS «vem assumir frontalmente a sua posição contra o prolongamento do ano letivo até ao dia 08 de julho nos concelhos afetados pela determinação da Autoridade de Saúde Regional do Algarve, exigindo o término imediato da atividade letiva. No próximo ano letivo se verá que aprendizagens há a recuperar!».