Volta ao Algarve: David Gaudu vence na Fóia e é o novo líder

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O ciclista francês David Gaudu (Groupama-FDJ) subiu hoje à liderança da Volta ao Algarve em bicicleta, ao vencer na Fóia, em Monchique.

O francês David Gaudu (Groupama-FDJ) ganhou hoje a segunda etapa da Volta ao Algarve, 182,4 quilómetros que começaram em Albufeira e tiveram um desfecho dramático, na Fóia, com a queda, meta à vista, dos dois corredores que arrancaram primeiro para vencer a etapa, Sergio Higuita (Bora-hansgrohe) e Tobias Foss (Team Jumbo-Visma). David Gaudu é o novo Camisola Amarela Turismo do Algarve. Ricardo Vilela (W52-FC Porto), 12.º na etapa, foi o melhor português do dia.

As emoções ficaram todas guardadas para os últimos 1000 metros. Depois de a INEOS Grenadiers ter selecionado o pelotão na subida da Picota, a ascensão à Fóia, em Monchique, fez-se a ritmo constante.

O primeiro ataque aconteceu à entrada do derradeiro quilómetro, sendo protagonizado por Frederico Figueiredo (Glassdrive-Q8-Anicolor).

O pelotão acelerou e passou pelo português, mercê do arranque de Samuele Bastistella (Astana Qazaqstan Team).

Após a última curva, Sergio Higuita e Tobias Foss arrancaram para sprintar pela vitória. Mas os campeões da Colômbia e da Noruega tocaram-se e caíram. David Gaudu evitou o acidente e sprintou para a vitória, cortando o risco ao fim de 4h50m51s (média de 37,628 km/h).

Samuele Batistella foi o segundo e Ethan Hayter (INEOS Grenadiers) fechou o pódio da jornada, ambos a 1 segundo do vencedor. Ricardo Vilela foi o representante português no top 15, gastando mais 8 segundos do que o chefe-de-fila da Groupama-FDJ.

David Gaudu sai da Fóia com a Camisola Azul Lusíadas, de melhor trepador, e com a Camisola Amarela Turismo do Algarve, que o confirma como primeiro da geral.

Tem seis corredores apenas a 1 segundo de diferença. Brandon McNulty (UAE Team Emirates) é segundo e Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl Team) é terceiro.

O belga, vencedor da Volta ao Algarve em 2020, continua em posse da Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem.

O neerlandês Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team) conserva a Camisola Verde Crédito Agrícola, dos pontos. A INEOS Grenadiers assumiu a primeira posição por equipas.

«Queria estar na frente, sei que o sprint é rápido. Apanhámos vento de frente e nos últimos quilómetros havia ventos cruzados. Disse à equipa para só irem para a frente nos últimos três. Penso que será difícil manter a liderança, o contrarrelógio é muito longo. Mas temos uma vitória de etapa e sabemos que o Stefan Küng pode ganhar o contrarrelógio. Quero ver o meu progresso no contrarrelógio e talvez possamos ganhar o contrarrelógio e a última etapa. A geral veremos depois do contrarrelógio», afirmou David Gaudu.

Remco Evenepoe, David Gaudu, Fabio Jakobsen.

Antes das decisões, na montanha da fase final, sobressaíram os cinco corredores que pedalaram em fuga desde o quilómetro 6 até faltarem 29 para o final.

Unai Iribar (Euskaltel-Euskadi), Nicolas Zukowski (Human Powered Health), Tomás Contte (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), César Martingil (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) animaram a jornada, mas não conseguiram o principal objetivo, passar na frente ainda na Picota, onde poderiam somar pontos preciosos para a classificação da montanha.

A terceira etapa é a mais longa da competição. Corre-se nesta sexta-feira, ao longo de 211,4 quilómetros, entre Almodôvar e Faro. Espera-se a segunda chegada ao sprint desta edição da Volta ao Algarve.