Preço das casas no Algarve aumenta 7,2% em plena pandemia

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Preço das casas no Algarve aumenta 7,2 por cento em plena pandemia. Com esta subida, o preço da habitação situa-se nos 2.368 euros/m2. Os preços sobem 12,1 por cento em Loulé durante a pandemia. No resto do país as casas subiram 5,9 por cento. O dados são do relatório de preços de venda de 2020 do portal idealista.

O preço da habitação no Algarve registou uma subida de 2,1 por cento durante o terceiro trimestre de 2020, situando-se em 2.343 euros/metro quadrado (m2), segundo o índice de preços do idealista.

A variação durante os últimos 3 meses foi de 1,1 por cento.

A cidade de Faro acompanha a tendência da região e regista uma subida de 6,6 por cento, custando o preço do metro quadrado 1.995 euros.

A maior subida de preços da região registou-se em Loulé (12,1 por cento), seguida por Vila do Bispo (10,4 por cento), Olhão (10,4 por cento), Monchique (9,6 por cento), Alcoutim (8,6 por cento), Albufeira (7,9 por cento) e Portimão (6,85).Em Lagoa a subida foi de 6,6 por cento e em Vila Real de Santo António de 4,8 por cento. Por outro lado, Lagos foi a única cidade do Algarve que registou uma descida nos seus preços, -0,6 por cento.

O município mais caro para comprar casa é Loulé (2.894 euros/m2), seguido por Lagos (2.621 euros/m2).

Em contrapartida, os mais económicos são Monchique (1.709 euros/m2), São Brás de Alportel (1.841 euros/m2), Silves (1.898 euros/m2) e Olhão (1.924 euros/m2).

Em comparação com o resto do país, a habitação em Portugal registou uma subida de 5,9 por cento durante o mesmo período, situando-se em 2.147 euros/m2.

Regiões de Portugal

Todas as regiões assistiram a um aumento de preços em 2020. A maior subida do ano foi registada no Norte, onde os preços aumentaram 10,6 por cento. Seguem-se a Região Autónoma dos Açores (8,8 por cento), Região Autónoma da Madeira (7,8 por cento), Algarve (7,2 por cento) e Centro (5,7 por cento). As menores subidas foram no Alentejo (0,7 por cento) e na Área Metropolitana de Lisboa (2,6 por cento).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.017 euros por m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (2.368 euros por m2), Norte (1.834 euros por m2) e Região Autónoma da Madeira (1.678 euros por m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (999 euros por m2), o Alentejo (1.024 euros por m2) e o Centro (1.105 euros por m2), que são as regiões mais baratas.

Distritos/Ilhas

Dos distritos analisados, os maiores aumentos em 2020 tiveram lugar em Vila Real (16,7 por cento), Viseu (14,2 por cento), Aveiro (14,1 por cento), Porto (11,6 por cento), Coimbra (11,3 por cento), Braga (10,4 por cento) e Setúbal (10 por cento). Seguem-se na lista a Ilha de São Miguel (9,5 por cento), a Ilha da Madeira (7,8 por cento), Faro (7,2 por cento), Viana do Castelo (4,6 por cento), Santarém (4,3 por cento), Ilha de Porto Santo (4,2 por cento) e Lisboa (2,2 por cento). Os distritos onde os preços menos subiram foram Portalegre (1,4 por cento), Bragança (1,5 por cento), Castelo Branco (1,7 por cento) e Évora (1,8 por cento).

Por outro lado, desceram na Guarda (-6,7 por cento), Leiria (-6 por cento) e Beja (-2,9 por cento).

De referir que o ranking dos distritos mais caros continua a ser liderado por Lisboa (3.346 euros por m2), seguido por Faro (2.368 euros por m2) e Porto (2.140 euros por m2). Os preços mais económicos encontram-se na Guarda (628 euros por m2), Portalegre (644 euros por m2), Castelo Branco (695 euros por m2) e Bragança (761 euros por m2).

Cidades capitais de distrito

Os preços aumentaram em 18 capitais de distrito, com Viseu (23 por cento) a liderar a lista. Seguem-se Coimbra (13,7 por cento), Braga (12,6 por cento), Castelo Branco (10,5 por cento), Évora (9,8 por cento), Guarda (9,6 por cento), Setúbal (9,4 por cento), Aveiro (7,5 por cento), Faro (6,6 por cento), Porto (6,1 por cento), e Funchal (5,7 por cento). As subidas menos acentuadas foram registadas em Viana do Castelo (3,9 por cento), Leiria (3,2 por cento), Santarém (1,7 por cento), Lisboa (1,5 por cento) e Bragança (0,8 por cento).

Por outro lado, os preços apenas desceram em Portalegre e Beja: -9,4 por cento e 1,2 por cento respetivamente.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 4.678 euros por m2. Porto (2.949 euros por m2) e Faro (1.995 euros por m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Já as cidades mais económicas são Portalegre (656 euros por m2), Guarda (749 euros por m2), Castelo Branco (764 euros por m2) e Bragança (771 euros por m2).

O índice de preços imobiliários do idealista

A partir do relatório referente ao primeiro trimestre de 2019, a metodologia de elaboração deste estudo foi atualizada. Após a incorporação do idealista/data no grupo idealista, foram introduzidas novas fórmulas de cálculo que contribuem para uma maior precisão na análise da evolução dos preços, particularmente em pequenas zonas.

Por recomendação da equipa estatística do idealista/data, a fórmula para encontrar o preço médio foi atualizada: além de eliminar anúncios atípicos e com preços fora do mercado, calculamos o valor mediano em vez do valor médio.

Com esta mudança, além de tornar o estudo mais próximo da realidade do mercado, a metodologia está homologada com as que se aplicam em outros países para a obtenção de dados imobiliários.

Há ainda a tipologia «moradias unifamiliares» e são descartados todos os anúncios que se encontram na base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores.

O relatório continua a ter como base os preços de oferta publicados pelos anunciantes do idealista.

O relatório completo encontra-se aqui.