Algarvios jogaram quase toda a segunda parte e todo o prolongamento com menos um jogador, por expulsão de Aylton Boa Morte, no terreno do Famalicão. Souberam sofrer, levaram o jogo para as grandes penalidades e aí brilhou Payam, que ajudou a equipa a seguir para os quartos de final.
Paulo Sérgio fez algumas mexidas no 11 nesta partida disputada hoje, terça-feira, dia 21 de dezembro, em Famalicão, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, com destaque para a titularidade do guarda-redes iraniano Payam Niazmand, de Filipe Relvas e também de Imbula.
A viver fases bem distintas no campeonato, as equipas entraram mexidas e a procurar a baliza adversária, num início equilibrado da partida.
Numa etapa regulamentar muito morna, o Famalicão teve ligeiro ascendente mas foi incapaz de traduzir essa aparente superioridade em grandes apuros para os homens de Portimão. Pelo contrário.
É que quando já tudo indicava para o nulo ao intervalo, em período de compensação da primeira parte, Aylton Boa Morte ganhou espaço, encarou Batubinsika, trocou as voltas ao defesa dos minhotos e atirou para o golo, adiantando o Portimonense no placard.
A verdade é que, muitas vezes, é no melhor pano que cai a nódoa. Logo no início da segunda metade, ao minuto 50, Aylton Boa Morte, que já tinha um cartão amarelo, foi imprudente e acabou por acertar num adversário, sendo admoestado com a segunda cartolina amarela e consequente vermelho.
Era previsível que o Famalicão intensificasse a sua pressão e assim foi. Ao minuto 57, Pepê obrigou Payam a uma defesa apertada, com um remate da meia distância.
A avalanche famalicense foi-se tornando cada vez mais forte, com o passar dos minutos, e a resistência alvinegra acabou por quebrar ao minuto 82. Na sequência de um pontapé de canto marcado por Ivo Rodrigues, Bruno Rodrigues apareceu completamente solto de marcação a cabecear para o empate e a levar as decisões para prolongamento.
No tempo extra, o primeiro sinal de perigo foi algarvio: Carlinhos, logo aos 91 minutos, rematou muito forte e com muito perigo para a baliza de Luiz Júnior.
Depois, mais do mesmo: Famalicão a pressionar e a equipa algarvia, valendo-se da sua solidez defensiva, a conseguir afastar os intentos adversários. Tudo se iria decidir nas grandes penalidades e, na reta final do tempo de compensação, Paulo Sérgio lançou Luquinha e Lucas Fernandes, já com os olhos na marca dos 11 metros.
E em boa hora o fez. É que os dois jogadores marcaram, com sucesso, os dois primeiros penáltis do Portimonense. Carlinhos converteu a terceira grande penalidade e Pedro Sá, na sua vez, também não falhou. Quem também brilhou pelo Portimonense foi Payam: o guardião iraniano defendeu os penáltis de Banza e de Pickel, e ajudou a colocar o Portimonense nos quartos de final da Taça de Portugal.