Paulo Simões, presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem do Médicos esteve esta manhã na unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).
No final de uma visita de trabalho ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), Paulo Simões, presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem do Médicos, fez uma declaração à comunicação social, sem direito a perguntas por parte dos jornalistas.
«O Conselho regional do Sul da Ordem dos Médicos deslocou-se ao Hospital de Faro para ouvir in loco o que tinham a reportar em relação à situação do funcionamento do serviço de cirurgia geral. Como sabem, há já uma comissão independente nomeada pelo Conselho Nacional da Ordem dos Médicos por solicitação do ministro da Saúde que irá avaliar todos estes casos que estão descritos de complicações e mortalidade» no Hospital de Faro.
«O que quisemos aqui hoje fazer foi fazer uma primeira auscultação, perceber o que se passa com o serviço do ponto de vista da organização, falar com o conselho de administração e a direção clínica do ponto de vista da perspectiva de gestão deste Hospital e depois falar com todos os médicos do serviço, quer os especialistas, quer os internos. Saímos daqui com mais informação», disse apenas aos jornalistas.
«Essa informação irá ser reportada para uma reunião que vamos fazer com a tal comissão independente que, a partir da semana que vem, vai estar no terreno, para fazer investigação».
«Aquilo que pretendemos é que isto seja rapidamente investigado e rapidamente concluído para se poder promover, por um lado a segurança em relação aos doentes que vêm a este Hospital e, por outro lado, a confiança que é também necessária instalar-se, se assim for, identificando as situações que estão menos bem, ou aquelas que necessitam de alguma correção», concluiu.
Paulo Simões, cirurgião geral, autor da tese de doutoramento que faz uma análise às profundas alterações organizacionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao longo das últimas décadas, não acrescentou mais nada sobre as situações denunciada pela médica interna Diana Carvalho Pereira acerca de casos de negligência na cirurgia daquela unidade hospitalar.