A propósito do feriado municipal que Olhão hoje celebra, o portal estatístico PORDATA, projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos, traça um retrato atual do município, através de 54 indicadores-chave baseados em mais de 20 fontes oficiais, que comparam dados de 2010 com a realidade mais recente (2018).
O concelho de Olhão tem 44728 habitantes. Por cada 100 residentes, nove são estrangeiros, ou seja, 9,1 por cento da população é estrangeira.
Por cada 100 residentes, há 16 jovens com menos de 15 anos, 64 adultos e 20 idosos com 65 ou mais anos. Nasceram 425 bebés e morreram 521 pessoas em 2018. Há 127 idosos por cada 100 jovens, menos 30 idosos do que a média nacional e 7181 alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário.
Por cada 100 residentes com 15 ou mais anos, há 33 pensões atribuídas pela Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações.
913 euros é quanto ganham em média os trabalhadores por conta de outrem no município, 254 euros abaixo do ganho médio a nível nacional.
Há 19 alojamentos turísticos (mais 15 do que em 2010), 10 farmácias, nove bancos e caixas económicas, menos seis que em 2010.
Ainda segundo as contas do portal PORDATA, a Câmara Municipal de Olhão tem um saldo financeiro positivo: +1686 mil euros (receitas: 28,4 milhões de euros; despesas: 26,7 milhões de euros).
Do orçamento municipal, 8 por cento das despesas da autarquia foram destinadas à cultura e desporto, valor superior ao de 2010 (3 por cento do total das despesas).
Assim, 12 por cento das despesas do município são relativas ao ambiente, quatro pontos percentuais acima do valor registado a nível nacional (8 por cento).
O valor médio de avaliação bancária da habitação foi de 1234 euros por metro quadrado (m2), 42 euros superior à média nacional.
Hoje, durante a manhã foram inauguradas duas esculturas. A primeira, tal como o barlavento já tinha noticiado é uma homenagem à mulher operária conserveira olhanense está colocada junto às fábricas da Faropeixe e Conserveira do Sul.

A outra, da autoria de Isa Fernandes, é um cavalo-marinho que está colocado a nascente da Avenida 5 de Outubro.
Segundo explicou Isa Fernandes ao barlavento, «o desenho original foi projetado em 2015 e a execução começou em 2019. É a minha interpretação artística do cavalo-carinho da Ria Formosa. Sendo eu uma olhanense de criação e coração, quis homenagear esta espécie que infelizmente está a ser dizimada nas nossas águas. Foi-lhe dado um destaque no espaço público, pois está colocado numa das principais entradas da cidade de Olhão, junto à nossa zona ribeirinha e mesmo ao lado do seu habitat natural, para que possa que ser desfrutado por todos o os olhanenses e por quem nos visita».
«As cores escolhidas são as que mais identificam o nosso cavalo-marinho, o material escolhido e a forma como está colocado visa que a peça brilhe com a incidência do sol ao longo do dia, potenciando as mais variadas cores. Esta peça homenageia também o legado mourisco que perdura até hoje nas ruas da cidade», sublinha.
O portfólio da designer pode ser visto aqui (Facebook) e aqui (Instagram).
Alexandru Groza, artista baseado em Quarteira, e mentor da empresa Versatileprofit, foi quem executou a ideia da designer Isa Fernandes, que resulta numa escultura de 5 metros de altura por 1,80 de largura, executada ao detalhe, com cerca de 5000 pedaços de cerâmica.
«É um dos patrimónios da nossa cidade, e nos últimos anos, tentamos intitular-nos como capital da Ria Formosa. Essa capitalidade que assumimos passa também por um aumento da nossa responsabilidade na gestão deste espaço», considera António Miguel Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão.

«Os cavalos-marinhos são uma mascote que pretendemos adotar, até porque estamos a preparar a construção de uma escultura, bem imponente, à entrada da cidade. Queremos adotar o cavalo-marinho como um dos símbolos do concelho, assim como o tema dos plásticos e dos microplásticos».
Isa Fernandes é designer e também autora das esculturas que estão hoje no Largo da Fábrica Velha e no Largo do Gaibéu, e que mais uma vez, oferece o projeto à cidade.