Apesar de trabalhar no Porto, o ciclista campeão da equipa W52 FC Porto vive no Faz Fato, concelho de Tavira, e não se esqueceu da sua aldeia no dia da vitória na 81ª Volta a Portugal Santander.
O «barlavento» juntou-se aos populares no café «O Retiro do Faz Fato» onde cerca de uma dúzia de entusiastas assistia à transmissão em direto na RTP 1 do Contra-Relógio individual que iria decidir o vencedor da 81ª Volta a Portugal Santander.
Em ambiente tranquilo, entre minis e pires de amendoins, pairava algum desapontamento com a discreta participação da equipa do Sporting Tavira.
Apesar da conversa pouco focada no tema das bicicletas, havia, entre os presentes, a convicção de que João Rodrigues, formado na escola de ciclismo tavirense, se iria impôr a Joni Brandão, o então camisola amarela.
E quando o tavirense iniciou a última e decisiva etapa tudo mudou. Silêncio.
Sempre que surgia no ecrã da televisão alguma informação sobre os segundos que o ciclista da W52 FC Porto estava a ganhar ao seu mais direto adversário surgiam sorrisos nos rostos.
E incentivava-se o conterrâneo: «Força João, dá-lhe, tu vais conseguir!», como se estivesse mesmo ali ao lado, a ouvir as palavras de apoio. «O outro (Joni Brandão) já vai todo empenado. Só se abana em cima da bicicleta.»
«Ahhh, agora já não nos chamam serrenhos! Agora já aplaudem os algarvios! Em 2011 chegou lá um serrenho de Tavira (Ricardo Mestre) e ganhou a Volta sem ninguém estar à espera. Agora chega outro e também ganha! Já começam a ter mais respeito por nós», exclamou um dos populares.
Depois dos aplausos, terminada a etapa e a Volta a Portugal, a conversa virou-se para o momento em que o ciclista vencedor voltará a passar por Faz Fato.
Na próxima quarta-feira à noite vai haver baile com os «Mato Bravo» e, quem sabe, se João Rodrigues vai passar por lá…
