Falta de médicos no Hospital de Faro obriga ao fecho das urgências pediátricas dias 25 a 27 de fevereiro, informa o CHUA.
A carência de médicos Pediatras, a que se juntam algumas situações de baixa médica, tornam impossível a constituição das equipas das urgências pediátricas no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), pelo que «nos vemos forçados a encerrar a urgência de Pediatria da Unidade de Faro, nos dias 25, 26 e 27, isto é, durante todo o fim de semana, de hoje até segunda-feira. Durante esse período continuará aberta a urgência de Pediatria da Unidade de Portimão».
De acordo com Horácio Guerreiro, diretor clínico do CHUA, «apesar de todas as múltiplas e repetidas iniciativas, junto de outros hospitais, de médicos individualmente e da estrutura hierárquica, não conseguimos recrutar Especialistas de Pediatria para evitar a situação atual. Continuamos a desenvolver esforços para restabelecer, no mais curto prazo, o pleno funcionamento da urgência pediátrica. Lamentamos o transtorno causado à população utente».
As crianças que comparecerem no serviço de urgência de Faro serão canalizadas para a urgência geral.
Assim os utentes devem recorrer, sempre que possível, aos médicos assistentes e aos Centros de Saúde, em segundo lugar, aos Serviços de Urgência Básica do CHUA, em Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira, ou Lagos e, quando absolutamente necessário, ao Serviço de Urgência Pediátrica da Unidade de Portimão.
Continuará em pleno funcionamento a Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais, em Faro, que garantirá o apoio à maternidade e a assistência às situações clínicas pediátricas mais graves. Tentaremos manter o apoio pediátrico à maternidade de Portimão, no sentido de preservar o seu funcionamento.
Já no final de setembro último, os médicos alertavam para a «alarmante situação de falência» da urgência pediátrica do Hospital de Faro, numa carta enviada ao conselho de administração do CHUA.
Em novembro, Ana Vargues Gomes, médica e presidente do conselho de administração do CHUA causou polémica ao dizer que 80 por cento das crianças que as urgências de pediatria recebem, têm apenas «ranho» e que a afluência ao serviço é «completamente disparatada».