Festival MED já tem 33 bandas confirmadas no regresso «à normalidade»

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18ª edição do evento contará com 66 concertos divididos por 12 palcos.

O cartaz do Festival MED foi apresentado no sábado, dia 23 de abril, dando a conhecer 33 bandas já garantidas na 18ª edição do evento, que decorre de 30 de junho a 3 de julho e assinala o regresso «à normalidade», depois de um ano de interregno e de uma edição especial mais curta (interMEDio).

As propostas musicais que irão passar pelos palcos da Matriz, Cerca, Castelo e Chafariz prometem «manter a essência do evento e proporcionar ao público uma experiência única e inesquecível».

A grande amplitude geográfica e diversidade das sonoridades voltam a ser a imagem de marca do cartaz do MED, que conta, até agora, com os seguintes artistas para festejar a «maioridade»: Albaluna (Portugal), Aline Frazão (Angola), Anthony B (Jamaica), Ayo (Alemanha/Nigéria), Bombino (Níger), Chico Trujillo (Peru), Criatura (Portugal), Eletric Jalaba (Marrocos/Reino Unido), Eskorzo (Espanha), Expresso Transatlântico (Portugalt), Ghuetto Kumbé (Colômbia) Go_A (Ucrânia), Gyedu-Blay & His Sekondi Band (Gana), Ikoqwe (Portugal/Angola), Johnny Hooker (Brasil), Júpiter & Okwess (República Democrática do Congo), Mallu Magalhães (Brasil), Manou Gallo (Costa do Marfim), Maro (Portugal), N3rdistan (França/Marrocos), Nancy Vieira (Cabo Verde), Noiserv (Portugal), Noura Mint Seymali (Mauritânia), O Gajo (Portugal), Oum (Marrocos), Plasticine (Portugal), RE:Imaginar BANDA Monte Cara (Cabo Verde), Rodrigo Cuevas (Espanha), Scúru Fitchadú (Portugal/Angola), Shkoon (Síria/Alemanha), Sylva Drums (Portugal), Vítor Zamora & Sexteto Cuba (Portugal/Cuba) e Viviane (Portugal).

O diretor do Festival, Carlos Carmo, acredita que 2022 marcará «um regresso em força, com uma grande adesão da parte do público», não só porque «as pessoas estão sedentas desta sensação de liberdade após dois anos de medidas de restrição» mas, sobretudo, pelo alinhamento musical.

«É um cartaz muito forte, muito heterogéneo, abarca muitas sonoridades e cumpre o objetivo de ir a vários pontos do globo, mantendo a sua faceta original de andar muito à volta da Bacia do Mediterrâneo», explica o responsável, que destaca a «forma cuidada como o festival foi programado».

Carlos Carmo - Festival MED

À semelhança dos anos anteriores em que a organização introduziu um país novo no cartaz, pela primeira vez a Mauritânia estará representada no MED, através da voz da voz de Noura Mint Seymali.

O coletivo de Cabo Verde RE:Imaginar Banda Monte Cara, projeto recente que recria o mítico Monte Cara, o primeiro espaço em Lisboa da cultura cabo-verdiana, é um dos nomes sonantes deste alinhamento, até porque Loulé será praticamente o palco de estreia.

«Apenas fizeram uma primeira apresentação num clube em Lisboa para perceber as dinâmicas, mas será aqui que farão aqui a sua estreia ao vivo», adianta o diretor do MED, que destaca ainda o nome de Maro, a vencedora do Festival da Canção que já tinha confirmado a sua presença em Loulé ainda antes desta participação que a tornou mais conhecida.

O encerramento do Festival será também um dos momentos únicos para Carlos Carmo: «terminaremos com um nome louletano, Sylva Drums, um DJ de Loulé que desafiámos a criar um projeto específico para encerrar o Festival e que, a seu lado no palco, terá mais de duas dezenas de performers».

No total, o casco medieval da cidade receberá nos quatro dias de festival 90 horas de música, 66 concertos e mais de 300 músicos de bandas de 21 nacionalidades, que irão atuar em 12 palcos.

O restante cartaz será anunciado no final de maio, durante um segundo momento de apresentação a ter lugar no Cineteatro Louletano. Mas não serão só as novidades no campo da música que estarão em destaque nesse dia. Até porque, apesar do enfoque nas músicas do mundo, o MED é um evento «que tem outras disciplinas que queremos cada vez mais valorizar e é isso que vamos fazer este ano», garante Carlos Carmo, referindo-se a Poesia, Teatro, Cinema, Gastronomia, Artesanato, Artes Plásticas e Performances.

«Este ano teremos muitas novidades, não só ao nível dos espaços mas também porque vamos saltar fora dos muros do festival, com várias parcerias com os promotores locais, como a Casa da Cultura. Iremos ter iniciativas não só a decorrer durante o Festival mas também antes e depois», adianta.

E em termos patrimoniais e do espaço público, estão previstas algumas surpresas para os visitantes: «vamos poder usufruir do grande trabalho de reabilitação que o Centro Histórico tem vindo a ter e surpreender muita gente», garante o diretor.

Nas 17 edições anteriores, já passaram pelo festival 576 bandas, em representação de 52 países. O MED conta com 40 nomeações para os Iberians Festival Awards e recebeu seis galardões: Melhor Festival de Média Dimensão da Península Ibérica, em 2017 e 2018; Melhor Promoção Turística (Portugal), em 2018 e 2020; Contributo para a Sustentabilidade na Península Ibérica, em 2019, e Melhor Festival Lusófono e Hispânico da Península Ibérica, em 2020.

A par da componente cultural e de entretenimento, este evento é promotor da dinâmica económica e turística do concelho de Loulé. É que, segundo Carlos Carmo, «40 por cento dos visitantes do Festival são turistas estrangeiros e destes, 39 por cento já escolhem vir para o Algarve porque existe naquela altura o Festival MED».

Os bilhetes para o festival já estão em pré-venda na BOL.