Festival Encontros do DeVIR volta a desafiar a arte a olhar para a ecologia

  • Print Icon

9.ª edição do Festival Encontros do DeVIR volta a desafiar a arte a olhar para a ecologia. Arranca a 20 de setembro.

A 9.ª edição dos Encontros do DeVIR tem início a 20 setembro e apresenta teatro, dança, escrita, fotografia, cinema e ilustração, em 13 obras criadas especificamente para este festival, as quais abordam a mutação climática e a emergência ecológica.

A programação deste festival divide-se em duas fases (entre setembro e novembro de 2023 e janeiro e fevereiro de 2024).

Entre Bragança, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé e Quarteira, os encontros do DeVIR convocam criadores portugueses e ucranianos, e cientistas ibéricos para partilharem as suas reflexões, incompreensões e possibilidades, partindo do mote desta 9.ª edição: de onde VIMOS? para onde VAMOS?

Organizado pela DeVIR/CAPa, a nona edição dos encontros do DeVIR estrutura a apresentação da sua programação em quatro espetáculos e em quatro momentos únicos.

Os quatro espetáculos repartem-se por dois ou três dias e contemplam sempre duas sessões destinadas a alunos das escolas secundárias e uma outra dirigida ao público em geral.

O primeiro espetáculo acontece a 12 e 13 de outubro, no Cineteatro Louletano, onde é possível assistir a Aquilo que há-de vir, encomenda de criação na área do teatro à atriz, performer e encenadora Paula Diogo.

Aquilo que há-de vir | Paula Diogo © Pedro lacerda

Este espetáculo integra ainda a leitura de «O que restará depois da guerra?» pela sua criadora, a poetisa e jornalista ucraniana Yuliia Iliuka.

O mesmo será ilustrado pela designer digital Oksana Drachkovska, refugiada em Barcelona.

Será ainda apresentada a primeira parte dos documentários, «Playa Futura» (Espanha) e o «Futuro das Praias» (Portugal), os quais fazem um paralelismo e questionam as problemáticas e a evolução da Costa de Cádis e da Costa do Algarve.

Estes documentários serão exibidos faseadamente e integram alguns dos espetáculos do festival.

Entre 19 e 21 de outubro, é apresentado no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, em Faro, um segundo espetáculo que integra um conjunto de encomendadas de criação.

«CARAVELA», da atriz Leonor Cabral, «A eterna idade (de onde vim? para onde vamos?) »texto de André e. Teodósio, ilustrado pelo designer gráfico Afonso Martins, e ainda a segunda parte dos documentários «Playa Futura» e o «Futuro das Praias».

«CARAVELA» | Leonor Cabral ©João Rocha

O terceiro espetáculo terá apresentações no Cineteatro Louletano nos dias 24 e 25 de outubro. É constituído por «(Dis)connect» do bailarino e performer ucraniano Dmytro Grynov, refugiado em Berlim, «por de onde vimos? para onde vamos? pelo amor é que vamos», texto da autoria de Cátia Oliveira/A Garota Não, que será lido pela própria, com ilustração de A Cristina Faz, nome artístico de Cristina Viana, e ainda a terceira parte dos documentários que abordam o futuro das praias do sul da península ibérica.

O quarto e último espetáculo desta primeira fase do festival integra a programação do CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, entre 2 e 4 de novembro, e apresenta a peça «1998 – elemento 1 – água» da autoria de Patrícia Portela, o texto guerra e natureza, do premiado romancista, jornalista e ativista ucraniano Stanislav Aseyev com ilustração de Mari Kinovych.

Inclui ainda a exibição da quarta e última parte de «Playa Futura» e de o «Futuro das Praias», ficando assim completa a apresentação integral destes dois documentários.

Fazem parte dos momentos únicos de apresentação, a performance «e(u)co(m)lógica – o futuro é o nosso presente modificado», do bailarino, coreógrafo José Laginha, a 20 de setembro, no Teatro Municipal de Bragança.

e(u)co(m)lógica – o futuro é o nosso presente modificado | José Laginha

A performance é destinada aos alunos do ensino secundário e propõe uma reflexão que cruza a Crise Climática e funcionamento do Cérebro Humano.

Um mês depois, a 20 de outubro, no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, e destinado a todo o público, apresenta-se «ato ÚNICO, a noite dos fotógrafos», uma maneira de dar voz às imagens e de homenagear quem as registou. No caso, cinco repórteres de guerra ucranianos e um português.

A 28 de outubro propõe-se «(em)RISCO um dia na Culatra», uma viagem pela paisagem desta ilha da Ria Formosa, que dá a conhecer a sua evolução e apresenta as perspectivas de futuro daquele território tendo por base investigações e previsões científicas.

O percurso é acompanhado por Óscar Ferreira, Ana Matias e Rita Carrasco, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), da Universidade do Algarve, pelos fotógrafos Vasco Célio e Luís da Cruz e por Silvia Padinha, da AMIC – Associação de Moradores da Ilha da Culatra.

Nesse mesmo dia, mas à noite, realiza-se no CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve, «(a)RISCO conversas informadas, um momento de reflexão partilhada sobre a realidade das praias, das costas do Algarve e de Cádis».

Nesta conversa, mediada por Jorge Gallardo, da Párpado (Espanha), participam Óscar Ferreira, do CIMA, Fernando Perna, da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, da Universidade do Algarve, Gonçalo Duarte Gomes, da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas (APAP), Javier Benavente e Manuel Arcila, da Universidade de Cádiz, e Joanna Crowson, da Párpado/Bee. Time.

Por último, é de referir ainda a apresentação da plataforma digital ARTEPENSAMENTO&informação em diversas escolas do ensino secundário, a exposição de fotografia «24.02.2022, o dia mais longo que nunca mais acabou» do jornalista e repórter de guerra David Araújo, e o filme de Jorge Jácome, «Super Natural».

Disconnect | Dmytro Grynov

A DeVIR é uma estrutura financiada por República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes. A co-produção é da Câmara Municipal de Faro, Câmara Municipal de Loulé co-apresentação Câmara Municipal de Lagoa, Câmara Municipal de Lagos e Teatro Municipal de Bragança.