Crime foi cometido por duas mulheres de 19 e 23 anos que conheciam a vítima. Polícia Judiciária (PJ) não tem indícios que apontem para mais envolvidos.
De contornos macabros e bizarros, o crime chocou a região e o país. Diogo Gonçalves, jovem de 21 anos, de Albufeira, dado como desaparecido no dia 18 de março, foi encontrado, na quinta-feira, 26 de março, morto e espalhado por diferentes locais do Algarve – o tronco, em Sagres; a cabeça, perto de Tavira. Os membros, «em locais já conhecidos» pela PJ.
O modo de ação pouco ortodoxo e bastante perturbador não chocou, no entanto, a autoridade judiciária: «infelizmente estamos habituados a lidar com fenómenos bizarros que acontecem na sociedade», admitiu António Madureira, diretor da PJ de Faro, numa conferência de imprensa levada a cabo hoje, sexta-feira, 3 de abril.
Os indícios recolhidos «são fortes e permitiram chegar a estas duas cidadãs portuguesas como presumíveis autoras do homicídio». As suspeitas, de 19 e 23 anos, «conheciam a vítima, e uma delas até lhe era próxima», tendo agido «por motivos económicos e, eventualmente, com alguma motivação pessoal», revelou Madureira.
É que Diogo Gonçalves tinha algum dinheiro e «existiu uma tentativa de apropriação» do mesmo por parte das mulheres. O crime «foi cometido na casa de um dos envolvidos, incluindo a vítima, que foi morta por asfixia. O desmembramento aconteceu depois. O corpo também foi transportado no carro de um dos envolvidos», detalhou António Madureira.
O diretor da PJ de Faro explicou ainda que as suspeitas «são pessoas que trabalham, normais, seja lá o que esse conceito significa. Não são propriamente marginais, têm família e estão incluídas». Por enquanto, não existem indícios que apontem «para a existência de mais envolvidos. Nada nos leva a acreditar nisso».
António Madureira aproveitou ainda a oportunidade para deixar «uma palavra de apreço para toda a equipa da Polícia Judiciária. Este foi um importante sinal de que a investigação não está suspensa. A Polícia Judiciária não vacila e continua no combate ao crime».