A Vela Solidária e a Carby uniram-se para fazer crescer e desenvolver competências entre pessoas com e sem deficiência.
A Marina de Portimão, onde a Vela Solidária realiza a maior parte das suas ações, foi o local escolhido para receber durante o dia de ontem, 6 de setembro, a apresentação pública da sua mais recente e ambiciosa parceria com a Carby, nova marca do Grupo JAP que atua no sector automóvel e por iniciativa da associação de solidariedade Coração JAP.
Cerca de 40 crianças e jovens com e sem deficiência estiveram a bordo e ao leme a velejar, houve exposição de carros da Carby e um beberete exclusivo para convidados.
O protocolo de parceria entre as duas entidades tem a duração de dois anos e marca o início de uma nova e desafiante fase de evolução do projeto Vela Solidária, da Associação Teia D’Impulsos.
«A Carby desafiou a Teia D’Impulsos e a Vela Solidária a construir um conjunto de iniciativas ligadas à inclusão», começa por contar Luís Brito, presidente da Teia D’Impulsos.
Os objetivos são «bastante ambiciosos» mas «estamos muito focados e felizmente temos uma equipa e um conjunto de voluntários espetaculares», assegura o dirigente associativo.
O primeiro e grande objetivo desta parceria é desenvolver a primeira Academia Júnior de Vela Inclusiva em Portugal. Outras metas são incluir a vela adaptada no Campeonato do Algarve de Vela Ligeira, participar com uma equipa inclusiva em três provas do Campeonato do Algarve de Cruzeiros, assim como promover a integração de duas pessoas com deficiência nos quadros de empresas náuticas anualmente.
Ao nível da assistência e do voluntariado, as duas entidades estão a apoiar com terapias, equipamentos especializados, medicamentos e bens de higiene crianças e jovens com deficiência e procuram integrar nas atividades da Vela Solidária voluntários oriundos da Carby e do Coração JAP.
«É bom que existam pessoas que acreditem que vale a pena apostar»
Henrique Champalimaud, responsável pela Carby Algarve, explica que «este projeto tem por base uma ideia, e todas as ideias dão muito trabalho a concretizar, que é fazer com que as pessoas cresçam e se torne normal haver miúdos com mais dificuldades que outros».
Na sua opinião, temos que fazer com que os jovens sejam felizes e isso só é possível se «souberem integrar quem é diferente porque vão descobrir coisas que nunca lhes passaram pela cabeça». Henrique acredita no projeto Vela Solidária e sublinha que «é bom que existam mais pessoas que acreditem que vale a pena apostar».
No fundo, incluir através de «um desporto onde cabem todos».
O presidente da Associação Regional de Vela do Sul e diretor da Marina de Portimão, Ricardo José, marcou presença no evento aproveitando a ocasião para «agradecer a iniciativa de louvar da Carby, esta construção de valor que transportam e que, sem dúvida, vai trazer bons ventos».
O diretor do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) Algarve, Custódio Moreno, acrescentou que «nem sempre as empresas têm esta sensibilidade e responsabilidade de todos contribuímos também para o desporto, que será sempre um momento de inclusão e nunca de separação».

A Vela Solidária surgiu em 2011 e até à data já concretizou cerca de 1.400 atividades, com cerca de 2.500 crianças envolvidas e mais de 600 pessoas com deficiência. Em Outubro deste ano, em parceria com o Iate Clube Marina de Portimão e a Marina de Portimão, organiza o Campeonato do Mundo de Vela Adaptada.