Parece um cenário de guerra e na verdade marca o fim do conflito entre a Associação de Utentes e Amigos do Parque de Campismo Municipal e Social da Praia de Faro e a autarquia, que tomou esta manhã posse daquele espaço, conforme estava previsto.
Sem conflitos ou resistências por parte dos sócios e utentes, a operação correu com serenidade, tal como esperava Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro.
«Sim, mas minhas expetativa confirmaram-se. Desde há algum tempo que as pessoas vinham falando connosco, que iriam sair. Outros, tendo em conta as dificuldades de retirada de bens e equipamentos pediram-nos mais uns dias. Todos esses casos foram atendidos e por isso, está tudo a correr conforme as minhas expetativas», disse o autarca ao «barlavento».
«Chegámos cedo, só estava cá o guarda. E portanto, há muita gente a retirar as coisas. O empreiteiro já cá está e vai começar a analisar o parque. Em conjunto com os nossos serviços vai realizar o plano de obra para que no próximo ano possamos ter aqui um verdadeiro parque de campismo com gestão municipal e com um regulamento que permita a rotatividade das pessoas porque toda a gente, de alguma forma, possa aceder a este espaço, ficando ele, um espaço público».
Os responsáveis da associação entregaram as chaves, embora Rogério Bacalhau não goste do termo «batalha ganha».
«Não gosto de usar esse termo. Fizemos aquilo que nos competia, que era um projeto para este espaço. Comunicamos à associação com o espaço de um ano que isto iria acontecer. Portanto, deu tempo para as pessoas pensarem e retirarem as suas coisas. O objetivo aqui não é contra ninguém, não é uma batalha, nem uma guerra», sublinhou.
«O objetivo é ter aqui um espaço que dignifique o concelho e que possa acolher os farenses e quem nos visita. Isso é que era o principal objetivo».
Neste momento, tudo o que está a ser retirado é à custa dos utentes. «Nós apenas vamos limpar o espaço e se alguém quiser deixar as roloutes e caravanas para abate, nós encarregaremos isso».
Uma questão de perceber as dificuldades das pessoas, o que digo é retirem rapidamente, mas com calma, porque ainda esta semana a obra vai iniciar-se. O importante é que perceberem que estamos todos no lado da solução e não está aqui ninguém a trabalhar uns contra os outros», rematou Rogério Bacalhau.