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Todas as albufeiras das principais barragens algarvias estão com volumes de água armazenada inferiores aos de 1 de outubro de 2021.

De acordo com os dados divulgados online no dia 11 de julho pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), todas as albufeiras das principais barragens algarvias estão com volumes de água armazenada inferiores aos que se verificavam em 1 de outubro de 2021, data de início do presente ano hidrológico.

O decréscimo de armazenamento para a totalidade das seis albufeiras é já superior a 51 milhões de metros cúbicos de água, número que quase deverá triplicar até ao final do ano hidrológico, uma vez que faltam ainda mais de dois meses e meio, e não é expectável qualquer precipitação significativa.

Todas as albufeiras das principais barragens algarvias estão com volumes de água armazenada inferiores aos de 1 de outubro de 2021.

É na Barragem de Odelouca que a perda é atualmente mais acentuada, da ordem dos 31 por cento, enquanto que na Barragem da Bravura é de 21 por cento, no Sistema Funcho-Arade de 10 por cento e no Sistema Odeleite-Beliche de 7 por cento.

A prolongada onda de calor que a região atravessa, à semelhança do que acontece com todo o continente, ajudará a acentuar as dificuldades, já que a evaporação está também acima dos valores normais para a época.

É certo que as barragens fornecem menos de metade da água consumida em toda a região, e que é nas captações subterrâneas que se encontra a principal origem do precioso e escasso líquido.

Mas também os armazenamentos subterrâneos estão diminuídos e a escassez de precipitação e de reservas à superfície tenderá a pressionar ainda mais a exploração dos recursos hídricos subterrâneos regionais.