Federação Regional das Associações de Pais do Algarve exigem regresso à «normalidade» e dizem «Basta!».
A Federação Regional das Associações de Pais do Algarve (FRAPAL) divulgou hoje um comunicado no qual questiona «quando vamos voltar ao normal? Quando vamos ter os professores de volta às escolas? Quando os professores vão ter aquilo que reivindicam?».
A FRAPAL quer «que seja colocado um ponto final a este momento de greve, e, que a escola volte a operar normalmente e a qualidade do ensino em Portugal seja reposta. A escola tem de voltar ao normal, os nossos alunos têm que voltar a entrar nas rotinas, não só porque encontram-se em constante ansiedade: hoje é dia de aulas ou greve?».
Segundo este coletivo, «a maior parte dos alunos não compreende a reivindicação dos professores, mas encontram-se ansiosos se vão perder matéria e como esta
vai ser reposta. Qual o impacto que esta greve terá na avaliação e nos exames no final do ano letivo. Temos alunos que usam a escola não só como lugar de aprendizagem, mas um local seguro, longe dos problemas do dia a dia, e uma refeição quente».
A principal pergunta é dirigida ao Ministério da Educação. «Quando vai tomar medidas para garantir que a escola manterá os serviços mínimos para minorar o
impacto na vida dos alunos, bem como dos demais encarregados de educação? Queremos iniciativa da tutela, queremos uma escola melhor e de qualidade, queremos professores melhores, mais motivados e melhor educação».
Neste momento, sublinha Nuno Sousa, presidente da FRAPAL, «é totalmente inaceitável que continuemos todos os anos com escolas com falta de professores períodos ou semestres inteiros. Na impossibilidade de um acordo de imediato entre ME e sindicato de professores, pedimos que seja garantido um calendário da greve com data e hora marcada, para que os pais e alunos se possam organizar para que o impacto nas suas vidas seja mais controlado».
Isto porque «as greves consecutivas estão a colocar em causa os postos de trabalho do encarregados de educação, obrigando os encarregados a serem muito criativos para arranjar soluções para não faltar ao trabalho e garantir que os seus educandos ficam em segurança durante o dia. Os pais e encarregados de educação entendem e apoiam a luta dos professores, mas não podem aceitar indefinidamente ser as vítimas colaterais desta luta».
Está também disponível uma petição online promovida pela FRAPAL que pode ser assinada aqui.
Ontem, a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda (BE) Algarve exortou os professores e educadores à luta, inclusive nas manifestações nacionais de 14 de janeiro e 11 de fevereiro.