Após 6 horas, 6 min e 22 seg de competição, os belgas Joris Massaer e Frans Claes foram os grandes vencedores do Algarve Bike Challenge (ABC) 2017 UCI Race masculino, seguidos, a escassos 51 segundos, de Frank Beemer (Holanda) e Kevin Panhuyzen (Bélgica). Massaer e Claes não venceram nem o Prólogo, nem nenhuma das duas etapas em linha, mas a regularidade assegurou-lhe o lugar mais alto no pódio final. Beemer e Panhuyzen venceram ao sprint, com Massaer e Claes, a segunda etapa, mas esse resultado não foi suficiente para se superiorizarem aos seus adversários mais diretos.

A primeira dupla masculina lusa foi constituída por Mário Luís Costa e José Dias, na sétima posição, a 6 min 37 seg, e a primeira algarvia foi a de Valdemar Teixeira e David Belo (ExtremoSul Bike Sul), na 12.ª posição, a 16 min 59 seg. Ao «barlavento», Mário Costa não deixou de evidenciar que o resultado estava abaixo das expectativas, mas uma pequena intoxicação alimentar impediu-o de andar mais rápido. Mário Costa e José Dias chegaram, aliás, a liderar isolados a segunda etapa, mas não conseguiram manter a superioridade até ao final. David Belo, no final, afirmou que «ficou cá tudo, mesmo tudo, não tinha mesmo mais nada para dar».

Em femininos, Lisa Mitterbauer (Áustria) e Anne Tauber (Holanda), com 7 horas, 35 min e 8 seg de competição, impuseram-se a Susana Alonso Carballo (Espanha) e Celina Carpinteiro (Portugal), que necessitaram de mais 2 minutos e 14 segundos para concluir a prova. Embora as diferenças de tempo sejam superiores, a disputa entre os duas duplas não foi menor. No final da primeira etapa em linha, a dupla ibérica liderava e tudo fez, sem sucesso, para manter a superioridade até à meta final, situada junto ao antigo Mercado Municipal de Tavira.

A organização da prova, liderada por Marco Fernandes, conseguiu atrair à região atletas europeus de topo da modalidade, que se superiorizaram na tabela classificativa. No total, chamou cerca de 850 participantes, acompanhados pelos staff das equipas, amigos e familiares.
Quer na vertente UCI Race, quer na Open Race, a presença de espanhóis foi muito elevada, trazendo um «colorido» linguístico muito interessante ao plantel. Segundo o «barlavento» pode constatar nos três dias do evento, os atletas elogiaram o percurso, a sua marcação no terreno, as paisagens e a atenção das populações serranas.