Lavrar o Mar revela nova programação até final do ano

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Lavar o Mar convida a caminhar, alimentar, engolir, experimentar e imergir através da arte, cultura e natureza.

Caminhar com arte, alimentar o pensamento, engolir preconceitos, experimentar a massa artística e imergir numa tenda futurista. Em suma, estar em relação com a ação é o convite lançado pela programação do projeto artístico e cultural Lavrar o Mar – As Artes no Alto da Serra e na Costa Vicentina, pensada para os últimos meses de 2023, entre setembro e o virar do ano.

O sudoeste de Portugal, Aljezur, Monchique e Odemira, voltará a ser povoado por esse cruzamento entre as artes performativas, a cultura local e a transformação dos ambientes naturais em espaços de apresentação artística que tem definido o trabalho desenvolvido pela Lavrar o Mar – Cooperativa Cultural.

As Caminhadas com Arte regressam já no próximo fim de semana, dia 24 de setembro, às 10h00, a partir de diferentes pontos geográficos do concelho de Odemira (Sabóia, Santa Clara-a-Velha e São Martinho das Amoreiras).

Caminhadas com Arte é um programa de caminhadas pelas paisagens do sudoeste de Portugal em que são convidados especialistas de áreas diversas do saber para caminhar com um público que, em simultâneo, caminha e vive a experiência de mergulhar numa narrativa, num discurso, num universo sobre determinado assunto.

Desta vez, os oradores caminhantes convidados são: João Ferrão (geógrafo), José Xavier (biólogo marinho e cientista polar), Maria Manuel Mota (bióloga e imunologista), Nuno Ribeiro (professor, investigador e ecologista) e Teresa Castro (professora e investigadora).

Trazem temas, tais como a capacidade de decifrar o que está à nossa volta e para além dos nossos sentidos, os desafios que a Antártida enfrenta neste contexto de emergência climática e o papel que cada um pode desempenhar na proteção ambiental, saúde planetária, abordagens para ampliar a floresta mediterrânica nativa, e as artes da atenção: pensar com plantas, árvores e líquenes.

Foto: João Mariano/ 1000 olhos.

No fim de semana seguinte, de 29 de setembro a 01 de outubro, às 19h30, na Moagem Sabóia, Odemira, estreia «Paraíso», um jantar performativo de Madalena Victorino, Nuno Salvado e convidados, que conta, nomeadamente, com a participação do Grupo Etnográfico de Santa Clara-a-Velha.

«Paraíso» são três jantares que são também três encontros com a dança, a música e o alimento.

Alimento para o pensamento. Três jantares na terra de Sabóia, que serão únicos, sempre diferentes em cada noite, mas ligados entre si. Três noites atravessadas e envolvidas por uma só energia, o Rio Mira.

«Paraíso» é apresentado no âmbito da programação do colóquio «Águas Gémeas», uma iniciativa do Observa/ICS Universidade de Lisboa, que se associa à Noite das Ideias, organizada pelo Institut Français du Portugal. «Águas Gémeas» é um projeto de Pedro Prista.

Outubro chega com a Amarelo Silvestre que traz «Engolir Sapos» a Aljezur e Odemira.

Uma reflexão artística, em forma de espetáculo de teatro para público escolar e famílias, sobre preconceitos e sapos de loiça.

«Engolir Sapos» pela Amarelo Silvestre Companhia de Teatro. Foto: ©José Alfredo.

A 18 e 19 de outubro, no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira, haverá duas sessões para público escolar (10h30), uma em cada dia, e uma sessão para famílias no dia 18 de outubro, às 21h00.

Em Aljezur, o espetáculo será apresentado em duas sessões, no Espaço Multiusos, a 21 e 22 de Outubro, pelas 21h00 e 18h00, respectivamente.

Regressa também o programa LABAT – Atividades de Formação entre o Laboratório Artístico e o Atelier de Artista, do Lavrar o Mar.

Espaços de experimentação e de criação, em que as pessoas podem pôr as mãos na massa artística e, simultaneamente, contribuir para a investigação e a pesquisa desenvolvidas pelos artistas convidados: Inês Barahona e Miguel Fragata, da companhia de teatro Formiga Atómica, e o coreógrafo Rafael Alvarez.

Aljezur, Odemira e Mochique entram, por esta via, na rota de O Caminho para «Terminal (O Estado do Mundo)» da Formiga Atómica que consiste numa extensa pesquisa que a companhia de teatro tem feito ao longo do ano de 2023 sob a «perspectiva de como a crise climática afeta a nossa compreensão do mundo».

Os resultados de algumas das atividades que vão desenvolver no âmbito deste laboratório serão apresentados no último dia do mesmo, 28 de outubro, no Espaço +, em Aljezur, às 16h00.

Entre 08 e 12 de novembro, ainda no âmbito do programa LABAT, o coreógrafo Rafael Alvarez trará até Monchique WAVE +55, um laboratório de dança para pessoas maiores de 55 anos e que culmina com a apresentação do espetáculo que daí resultará, no dia 12 de novembro, às 16h00.

Lavar o Mar convida a caminhar, alimentar, engolir, experimentar e imergir através da arte, cultura e natureza, até final de 2023.
«Les Fauves».

Em paralelo, o coreógrafo apresentará, no mesmo dia, ainda a peça «Na Onda da Distância».

O ano termina em Monchique com novo circo, nos dias 26, 27, 29, 30 e 31 de dezembro de 2023 e 01 de janeiro de 2024.

Numa tenda futurista, que é, simultaneamente, obra de arte e casulo de malabarismo, será apresentado «Les Fauves», da companhia francesa EA EO, que, em português, significa «feras, animais selvagens».

Os bilhetes estão à venda em aqui.