A equipa por detrás do projeto Lavrar o Mar está a finalizar o cartaz do Festival Internacional de Artes Performativas, que será dividido em dois fins de semana ainda este mês.
O programa juntará teatro de marionetas, dança, teatro e caminhadas noturnas pelo campo e pela praia. «Queremos oferecer experiências diversificadas que fundem a tradição local com paisagem extraordinária», explica Madalena Victorino ao «barlavento».
Durante o primeiro fim de semana, de 19 a 21 de maio, vão ser apresentados os espetáculos «Rastilho» e «Medronho», que esgotaram durante a estreia, em abril e março, respetivamente.
«No que diz respeito ao Rastilho, este mudará de cenário. Será apresentado numa outra paisagem perdida no coração do concelho de Aljezur, ao cair da noite. Uma outra atmosfera, um outro espaço dramatúrgico também, que levará um público a rever um espetáculo que já não é o mesmo, e em que a ficção nele contada avança para um novo capítulo que se abre à aventura de uma viagem na escuridão», revela a coreógrafa.
Desta vez, um dos locais escolhido é o Serominheiro e as proximidades do Moinho da Sogra, com a participação de «22 artistas locais, num percurso cheio de música ao vivo e dança».
No entanto, ao contrário do que estava previsto, o cenário para a prova de medronho será o mesmo, na rota de Alferce. «Não iremos ter novas destilarias, só na próxima edição. Mas será uma nova oportunidade de conhecer as quatro que se apresentaram em março».
Um apelo que urge divulgar tem a ver com a nova criação da dupla João Galante e Ana Borralho, intitulada «Gatilho da Felicidade», que vai estrear na antiga serração de Monchique, dia 19 de maio, às 21h30.
«Para esta performance, procuram-se voluntários, jovens entre os 17 e os 24 anos, para os fazer pensar sobre assuntos da vida e da forma como veem o mundo em que nos encontramos. Com um dispositivo parecido ao da roleta russa, chegará o momento de alguém ser escolhido ao acaso para falar. As vozes destas pessoas jovens e algarvias serão então a matéria desta performance que começou em França e chega agora até nós», explica.
Por outro lado, a companhia francesa Carabosse «também precisa de voluntários para acenderem os potes de fogo» que farão o Castelo de Aljezur arder e brilhar como nunca, na noite de sábado, 20 de maio. Será um trabalho «à medida que a instalação se inflama e brilha no espaço, e a noite começa».
Com esta imagem no horizonte, «a banda francesa Mazalda, com a sua música mestiça que atravessa o som de várias culturas, trará ao mercado de Aljezur, o músico e cantor da música rai algeriana, Sofiane Saidi. Será um mergulho no febril rock rai dos anos 1980», no Largo do Mercado Municipal, às 22h30.
Questionado sobre como avalia o projeto «Lavrar o Mar» nesta fase, Giacomo Scalisi responde que estão «ainda a aprender muitas coisas. É cedo para fazer uma análise detalhada. Precisamos de um pouco de recuo, que não tivemos ainda oportunidade de ter, para analisar tudo e melhorar ainda mais a continuidade, no próximo ano, caso tenhamos o apoio necessário».
Em relação à política de bilheteira, as entradas serão vendidas avulso para cada espetáculo: «Rastilho» (10 euros); «Medronho» (10 euros); «Gatilho da Felicidade» (5 euros); Mazalda (5 euros), disponíveis na Biblioteca Municipal de Monchique e na plataforma BOL.
Para todos os esclarecimentos, estão abertas as portas da casa «Lavrar o Mar» em pleno centro histórico de Aljezur (Rua João Dias Mendes). Nos locais de espetáculo «estaremos sempre uma hora antes para tratar de bilhetes e informações». Estão também disponíveis os contactos telefónicos 913 943 034; 282 144 379 e o e-mail: info@lavraromar.pt
O projeto «Lavrar o Mar» conta com o financiamento do programa «365 Algarve».