Futuro do programa cultural 365 Algarve ainda é uma incerteza

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Com a quarta edição do programa 356 Algarve a entrar na reta final, presidente do Turismo de Portugal diz que a tutela ainda está a avaliar o impacte da iniciativa na região e que para já ainda se desconhece se será, ou não, para continuar.

Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, marcou presença no segundo dia do 8º Congresso da Associação Portuguesa de Empresas, de Congressos, de Animação Turística e de Eventos (APECATE), na sexta-feira, dia 7 de fevereiro, que, pela primeira vez, se realizou no Algarve, em Faro.

Questionado sobre a possibilidade de uma próxima edição do 365 Algarve, programa cultural de animação turística em época baixa, Luís Araújo disse que não há certezas.

«Vamos fechar a quarta edição e estamos neste momento a recolher informação, a avaliar, a ver como correu e se cumpriu objetivos para apresentar à secretária de Estado para depois se tomar a decisão».

Com a saída do Reino Unido, um dos maiores mercados turísticos do Algarve, da União Europeia no último dia de janeiro, deverão os operadores turísticos temer uma descida dos números? Araújo respondeu ao barlavento otimista.

«Klaxon», evento do projeto Lavrar o Mar, integrante da programação do 365 Algarve, apresentado em Monchique no final de 2018 e início de 2019.

«O Algarve já tem feito muito trabalho a nível de diversificação e de captação de novos mercados como o Canadá e os Estados Unidos da América. Ao nível de mercados europeus também temos crescido bastante. Temos apostado na segmentação e na diversificação de produto. O cycling, o walking e o enoturismo já começam a ter algum movimento e alguma expressão. O Algarve está a tomar as medidas certas e estamos todos atentos. Obviamente que o Brexit, considerando o peso e a importância que tem para o mercado da região. Faz-nos ter atenção redobrada. No último ano já fizemos trabalho para tentar mitigar ao máximo os constrangimentos que possam existir, como o Portugal Health Passport [passaporte com hospitais privados para o mercado britânico], campanhas de promoção específicas como o #Brelcome e até apostas em segmentos muito concretos como os casamentos, para o qual o Algarve tem potenciais únicos. Até agora temos vindo a crescer. O ano passado foi um ano de crescimento. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho em conjunto: Algarve, Turismo de Portugal e privados e através da agência, com a nossa delegação no Reino Unido, acredito que vai correr bem. Não é uma questão do Algarve estar preocupado, mas sim atento, tal como temos de estar em relação a qualquer mercado. Obviamente que quando há um que tem um maior peso e uma maior expressão, a atenção tem de ser redobrada».

Já em relação aos números para 2020, o responsável considera que há espaço para continuar a tendência positiva. «Apesar da falência da Thomas Cook e de toda uma série de constrangimentos, crescemos expressivamente em 2019. Tudo fruto desta campanha de diversificação de mercados, de captação de novas rotas, e de mostrarmos que o país é bom para visitar ao longo de todo o ano e em todo o território. Somos estruturalmente muito fortes ao nível das empresas e das entidades públicas. Estamos em consenso muito grande sobre aquilo que queremos fazer e que temos de fazer. Isso é o mais importante. Espero que continuemos a crescer e temos espaço para isso».