A Fundação Manuel Viegas Guerreiro recebe o projecto da associação Figo Lampo, «Estórias no Ambiente» amanhã, sexta-feira, dia 20 de novembro, às 18h30.
Trata-se de um registo videográfico e sonoro de uma contadora de histórias em locais naturais do concelho de Loulé, mais precisamente na Serra do Caldeirão e no Barrocal.
Será um conjunto de três pequenos episódios com cerca de 4 a 5 minutos cada. Na escolha dos locais foi tido em conta a sua riqueza natural, o serem emblemáticos ou com características particulares que se conjugam com as estórias selecionadas e com a mensagem e os valores a transmitir.
O conto nº1 tem por título «Vestido feito de água», contado na Fonte da Benémola, em Querença. Adaptação do conto homónimo e original de Maria Adelaide Fonseca. A temática é a água.
O conto nº2 tem por título «Aventuras de bolota», contado numa azinheira centenária no Sítio da Arrancada em Querença. É uma adaptação do conto original «O Jaime e as bolotas» de Tim Bowley e Inés Vilp. A temática é o ciclo da semente.
O conto nº3 tem por título «A Águia-cobreira e a Cobra-rateira», contado no miradouro do Cerro dos Negros em Querença. É a Adaptação do conto tradicional «A Raposa e o Mocho», cuja temática é a biodiversidade e conservação ambiental.
«A escolha de contadores de estórias para veicular mensagens importantes como esta foi algo equacionado de imediato pela Figo Lampo, uma vez que, a narração oral é tida como uma das técnicas mais eficientes e eficazes na transmissão de conteúdos de qualquer temática, sendo uma importante ferramenta na formação da identidade, dos valores, do desenvolvimento das capacidades cognitivas e da inteligência emocional das crianças. A forma como o enredo de uma estória envolve quem a ouve, leva a um imaginário diferente, permitindo entrar numa outra realidade, trazendo de volta ensinamentos e diretrizes para as suas escolhas no dia a dia», refere a organização.
«Não é por acaso, que antigamente toda a sabedoria era veiculada pela narração oral, com o intuito de preparação para a vida adulta. No entanto, este projeto, não se destina somente ao público infanto-juvenil (a partir dos 7 anos de idade), destina-se também à comunidade local e ao público em geral que poderá vivenciar de uma forma envolvente temáticas ambientais importantes para a mudança de comportamentos, que se querem mais sustentáveis para o Planeta».
A narração e adaptação das histórias foi feita por Maria Adelaide Fonseca. O vídeo e fotografia são de Paulo Tomé, a realização e edição de Verónica Guerreiro. Esta é uma produção da Figo Lampo 2020, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.
Além do diálogo com os mentores do projeto e a contadora, também haverá espaço para uma conversa sobre a importância da preservação da biodiversidade nas zonas protegidas do concelho de Loulé, como é o caso de Querença. Clara Fernandes, engenheira na Divisão de Ambiente da Câmara Municipal de Loulé é a oradora convidada.
O evento tem entrada livre, mas é sujeito a marcação através de e-mail (associacaofigolampo@gmail.com).
Previamente à sessão para o público em geral, a Figo Lampo apresenta à 14h00 uma sessão especial para os alunos do JI/EB1 de Querença, agrupamento de escolas Padre João Coelho Cabanita, em Loulé.
A Figo Lampo – Associação Cultural e Ambiental, constituída em termos legais a 23 de Agosto de 2019, é uma associação sem fins lucrativos que tem como objectivo a promoção, desenvolvimento e dinamização de projetos de intervenção artística, cultural, ambiental, comunitária e social. Está sediada na aldeia de Querença, concelho de Loulé, local incluído na área de territórios de baixa densidade da região algarvia.
Para a Figo Lampo, é fundamental, fazer parte da estratégia de valorização do interior da região, levando em consideração o ordenamento do território, a sua conservação e valorização – natural, paisagístico e cultural, no sentido de criar uma cultura cívica consciente, que utilize de uma forma mais criteriosa os seus recursos específicos, quer materiais quer imateriais.
Os seus elementos constituintes são parceiros a nível profissional há mais de duas décadas, tendo uma vasta experiência em diversas áreas nomeadamente na literatura, no design, na fotografia, no cinema e vídeo, na pintura e instalação artística, no teatro para a infância, na performance artística, na educação não formal nas escolas e na comunidade, no empreendedorismo, na educação ambiental, no jornalismo e no voluntariado.