Cortelha mantém a tradição do presépio em cortiça

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A aldeia da Cortelha, no interior do concelho de Loulé, mantém a tradição de apresentar o presépio em cortiça no largo até ao dia 6 de janeiro.

Este ano, na véspera de Natal, será acendido o madeiro de Natal da Cortelha, junto ao presépio, uma tradição bem viva no Alentejo e Norte do país, mas que as gentes da Cortelha entenderam também levar a cabo na Serra do Caldeirão.

Como o presépio da Cortelha é no exterior, a Associação dos Amigos da Cortelha entendeu manter viva esta tradição, tal como refere o dirigente Rui Marcos. «Apesar da pandemia que estamos a passar decidimos mesmo assim voltar a construir o presépio, pois o mesmo é na rua e não representa qualquer perigo de ajuntamento, até porque o nosso presépio é já um símbolo do Natal na Serra do Caldeirão e servirá em parte para animar e alegrar os nossos habitantes».

Depois de largas semanas a arranjar os melhores canudos de cortiça, a carregar as pedras da ribeira para a construção do cenário do nascimento de Jesus e a recolher musgo, a população da Cortelha orgulha-se agora de poder mostrar o seu presépio.

De forma a proporcionar ainda mais um ambiente acolhedor, na véspera do dia de Natal, será acendido o Madeiro de Natal da Cortelha, uma iniciativa trazida do Alentejo, mas que as gentes da Cortelha entenderam que também se adaptava à Serra do Caldeirão e que pretendem que se torne num ponto de encontro e passagem dos habitantes desta aldeia.

Esta tradição de montar e construir o presépio em cortiça na Cortelha teve início em 2004, quando a aldeia se candidatou ao Concurso de Presépios das Aldeias do Algarve, uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e obteve o primeiro lugar.

A partir daí, todos os anos pela altura do Natal, os habitantes juntam-se e começam a preparar os materiais e a tentar encaixá-los no cenário idealizado para a montagem do presépio, que poderá ser visitado até dia 6 de janeiro.