A Mákina de Cena e a Casa da Cultura de Loulé, e em particular o Colectivo Sextas à Solta, apresentam a peça Cabaret do Esquecimento, na quinta e sexta-feira, dias 13 e 14 de junho, às 21h30, na Casa da Mákina (rua Gonçalves Zarco, nº11-13), em Loulé.
«A união destas duas entidades potenciou a formação de praticantes amadores de teatro, através da implementação de técnicas de composição contemporâneas e de criação coletiva, sob orientação de Carolina Santos, respeitando a origem e intenções performativas do coletivo Sextas à Solta.
O resultado é um espetáculo intimista e de grande interação com o público, com 14 intérpretes de diferentes origens, privilegiando a performance poética e o riso como meio de reflexão sobre o mundo em que vivemos», explica fonte da Mákina de Cena.
O «Cabaret do Esquecimento alimenta-se da virtualização de relações, a queda para a criação de alter-egos e Peeping Toms cibernéticos, o desinteresse pelo real e a desinformação, bem como extensão máquinal dos nossos corpos em que se tornaram os smartphones e as redes sociais».
Com textos de autoria dos intérpretes e uma adaptação do texto «Viver Secretamente» de Jon Fosse, «passaremos do abstracto ao concreto, do indivualismo ao coro quasi-trágico, do riso à angústia, com a vontade e crença de que se sonharmos o impossível, só nos resta trabalhar para o fazer acontecer».
Os lugares são limitados, e por isso é aconselhada a a reserva antecipada de bilhetes através de telefone (289 41 58 60) ou e-mail (ccloule@ccloule.com).
SEXTAS À SOLTA
O Sextas à Solta é um coletivo aberto cujo propósito é integrar pessoas que pretendam criar, descobrir ou simplesmente participar numa produção cultural, cada um com o contributo que queira e possa. Pretende-se juntar diferentes experiências e interesses para complementar todas as áreas do projeto.
Assumindo-se acima de tudo como um espaço de liberdade criativa, o Colectivo Sextas à Solta tem como base o teatro, mas procura explorar novas fronteiras e pontos de contacto entre as diferentes artes, cruzando disciplinas como a música, as artes plásticas e multimédia.
CAROLINA SANTOS / MÁKINA DE CENA
Criadora de formação multidisciplinar no campo do Teatro e da Arquitectura (École International de Théâtre Jacques Lecoq / Paris’17, mestrado Teatro – Ramo Arte do Actor – Escola de Artes / Universidade de Évora‘13, Licenciatura Dep. Arquitectura / Universidade de Coimbra‘08).
Conta com diversas intervenções e colaborações enquanto atriz, cenógrafa e formadora, com estruturas nacionais e internacionais. Destaca-se a sua colaboração com a Companhia Philippe Genty, reconhecido marionetista e diretor de Teatro Visual francês, que a leva a mudar-se para Paris e a integrar a equipa de Ne m’Oublie Pas/Forget Me Not numa digressão de 3 anos (2012/15), pela Europa e países como a Coreia do Sul, Japão, China, Rússia.
Entre 2012 e 2017 colaborou igualmente com La Possible Echappée, companhia de dança-teatro inclusiva, e com a companhia Plexus Polaire, onde orientou um atelier de teatro de sombras em parceria com a marionetista e encenadora Yngvild Aspeli.
Um dos 34 membros fundadores da First Round International Creative Platform, participa em vários projetos internacionais de teatro físico e co-funda, em 2018, a Mákina de Cena – Associação Cultural. Programa, em binómio com Marco Martins, a Casa da Mákina, em Loulé.