Bustos Romanos de Milreu são tesouro nacional de Faro e Lagos

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Foi aprovado hoje, como conjunto de interesse nacional, com a designação de «tesouro nacional», os três bustos imperiais provenientes da villa romana de Milreu: Agrippina Minor, Adriano e Galieno.

É mais uma boa notícia para o Algarve no que toca ao património.

O processo de candidatura foi encetado pelo Museu Municipal de Faro, que tem à sua guarda as esculturas Agrippina Minor e Adriano.

Já a terceira, de Galieno, está em Lagos, em reserva, empréstimo de um particular, segundo apurou o barlavento.

Agripina Minor, Desenhos feitos por Claudia Matoos, professora da Faculdade de Belas Artes de lisboa, especificamente para o processo de classificação.

O decreto que classifica como bens de interesse nacional, com a designação de «tesouro nacional», como conjunto de interesse nacional, os três bustos imperiais provenientes da villa romana de Milreu, em Estoi, onde foram descobertos, foi aprovado hoje em conselho de ministros.

Foi aprovado hoje, como conjunto de interesse nacional, com a designação de «tesouro nacional», os três bustos imperiais provenientes da villa romana de Milreu: Agrippina minor, Adriano e Galieno.
Adriano.

Faro, passa assim a ter dois tesouros nacionais, além do Mosaico Oceano, que obteve a classificação de interesse nacional (BIN) em maio de 2018.

Lagos, além do renovado Museu Dr. José Formosinho, tem agora um «tesouro nacional».

Ouvido pelo barlavento, Marco Lopes, diretor do Museu Municipal de Faro considera que esta é «uma noticia de grande entusiasmo e alegria para nós, mas de enorme responsabilidade, neste trabalho continuo e sério de valorização do património museológico que se faz a todo o acervo à nossa guarda, por toda a equipa, do restauro, investigação, serviços educativos e vigilância».

Segundo o responsável, «tratam-se de peças absolutamente extraordinárias, pela sua beleza estética e visual, representativas do bom gosto dos seus encomendadores, do bom trabalho das oficinas italianas e também do cosmopolitismo deste território, riquíssimo do ponto de vista cultural e arqueológico, com achados de primeira linha, como estes, que são raros. Fazia sentido por isso a proposta de classificação, pelo reconhecimento internacional que as peças têm merecido, em exposições e catálogos, e também pelo estudo e ampla bibliografia que tem suscitado a vários especialistas».

Marco Lopes sublinha a gratidão «em saber que o acervo do Museu Municipal de Faro tem sempre grande interesse científico e que fazem parte das peças que simbolizam o melhor da herança romana em Portugal».

«Espera-se por isso que esta classificação, merecida e em boa hora, coloque o museu e estas fantásticas peças no roteiro de investigadores, entendidos e de muitos visitantes. Parabéns ao Museu de Lagos, à Direção Regional de Cultura do Algarve e a todos os museus que fazem um trabalho meritório na preservação do património arqueológico deste país. Uma nota final para a ajuda cientifica do professor Luis Jorge, da Faculdade de Belas artes de Lisboa, para a elaboração cientifica do parecer da propostas de classificação e um agradecimento à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).