Crescimento da Academia de Dança Mais Portimão tem sido tal que se prevê a abertura de um quinto estúdio para as classes e a criação de novas aptidões. E porque dançar é para todos, até há uma vertente adaptada.
Uma academia de dança com mais de quatrocentos alunos, entre os três e os 67 anos de idade, 14 professores, uma rececionista/administrativa, quatro estúdios a funcionar em simultâneo, seis horas por dia, cinco dias por semana, com classes de formação, de convívio social, de competição e, até, de dança adaptada, é obra. É a obra de Fábio Duarte, um setubalense de 34 anos de idade, que chegou a Portimão há cerca de 10 e que conta ao barlavento como tudo aconteceu.
«Embora tenha nascido em Setúbal, sempre vivi no Pinhal Novo até vir para Portimão. Iniciei-me na dança com 15 anos, como um hobby, mas depois tomei-lhe o gosto e entendi que era o que queria fazer. Primeiro, foram as danças de salão.
Depois, vieram o ballet, dança contemporânea, quizomba, samba, bachata e outros géneros», conta.
Começou a ajudar alguns professores em ações de formação, ganhando experiência pedagógica nessa área, que veio a abraçar. Quando chegou a Portimão, começou por dar aulas de dança no Centro Comunitário de Alvor e no Clube Desportivo da Pedra Mourinha, até que alugou um espaço para as suas aulas, na Cooperativa de Habitação da Pedra Mourinha.
«Em abril de 2014, iniciei a Academia Dança Mais, no edifício da Panificadora Portimonense, com vários tipos de dança, para as mais diversas faixas etárias. Além das danças de salão, nas quais já temos algum historial e a conquista de alguns títulos de campeão nacional. Temos ballet, hip-hop, zumba kids júnior, zumba kids e zumba adultos, sevilhanas, flamenco, tango argentino, quizomba, salsa, bachata e dança contemporânea. Estamos a pensar começar a participar também em concursos internacionais. Em paralelo, também temos aulas de pilates e teatro», enumera.
As danças de salão dividem-se em standard (valsa inglesa, valsa vienense, tango internacional, foxtrot e quickstep) e em latino-americanas (cha-cha-cha, rumba, pasodoble e jive). Os pares em competição têm de executar o mínimo de três e o máximo de cinco danças, sendo avaliados dança a dança para a respetiva categoria e pelo somatório de todas para a classificação final.
A dança não enferma do problema que limita os jovens a continuarem as suas modalidades a atingirem a idade de ingressar no Ensino Superior, pois quando se deslocam para outros pontos do país, muitos continuam a dançar noutros clubes.
«Fico muito feliz quando isso acontece e muitos conseguem bons resultados, porque significa que lhes incuti um interesse forte e que são bem sucedidos», orgulha-se Fábio Duarte.
A Academia Dança Mais Portimão promove anualmente uma Gala, no final de cada ano letivo. Costuma ter cerca de 1300 espetadores (mais os 400 alunos), incluindo pessoas que fazem as suas férias em Portimão coincidir com o evento. Este ano, terá lugar no dia 1 de agosto.
Também já organizou dois anos consecutivos um Campeonato Internacional de Danças de Salão, que atrai cerca de 600 espetadores, sem contar com as famílias dos concorrentes.
Até os estrangeiros residentes acorrem, com as bandeiras dos seus países, a apoiar os seus compatriotas. O sucesso das edições anteriores aponta para a sua repetição, no corrente ano.
Duarte iniciou, em 2019, o programa Portimão 24 horas a dançar, com bastante sucesso. Chegou a haver 200 pessoas a dançar em simultâneo no recinto.
A repetição do evento, em 2020, está em cima da mesa, mas com algumas alterações do espaço, para conseguir centralizar mais participantes. E, devido ao grande interesse que a dança está a gerar na Cidade do Arade, prevê-se a abertura do quinto estúdio para as classes e a criação de novas aptidões.
Dança adaptada também faz parte da Academia Dança Mais Portimão
«Temos um aluno com paralisia cerebral, praticamente desde a abertura da academia. Há cerca de um ano, a Teia de Impulsos veio até nós com a ideia de incluir a dança no projeto de desporto adaptado que estavam a desenvolver. Aceitámos e continuámos com o projeto», conta Fábio Duarte, mentor da Academia Dança Mais Portimão. «Temos alunos da CRACEP e da Associação Encontrar Sonhos, mas também recebemos os que chegam a título individual.
As aulas são gratuitas, às sextas-feiras, e temos uma média de 12 por sessão. Recentemente, visitámos a unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência da Escola Básica e Secundária da Bemposta e a aula aconteceu» nas instalações.