Pretendendo marcar o Dia Mundial do Professor, a manifestação junta, esta quinta-feira, professores e educadores, de todo do país, que vão exigir ao Ministério da Educação (ME) uma negociação efectiva do novo Estatuto da Carreira Docente (ECD).
A Federação Nacional de Professores (Fenprof), promotora do protesto, considera que o novo Estatuto da Carreira Docente retira ou reduz direitos, salários, tempo de serviço, condições de trabalho e exercício profissional aos docentes.
A estrutura sindical considera ainda que não existe uma verdadeira negociação, entre ministério e sindicatos, pelo que a forma de levar o ME a mudar de atitude e de propostas é através da luta de todos os professores e educadores.
Nesta marcha, centenas de docentes do Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS), membro da Fenprof, deslocaram-se a Lisboa em protesto.
Ao todo, deslocaram-se até Lisboa 12 autocarros (provenientes de Beja, Évora, Portalegre e Algarve), sendo que o distrito de Faro foi aquele que mais aderiu, reunindo seis desses autocarros.
Marco Rosa, do SPZS, considera que a terceira versão do Estatuto, apresentada na quarta-feira pelo ME, «é uma operação de cosmética, não trazendo nada de positivo e não vai ao encontro das nossas expectativas».
Este professor e membro do SPZS, disse ao barlavento.online que o objectivo desta manifestação «é protestar contra um novo Estatuto que vai aniquilar os direitos adquiridos dos professores».
Considera que o novo ECD vai destruir o antigo e vai prejudicar a estrutura da carreira docente. «Deixará de existir uma carreira única e passará a existir a carreira de professor e a de professor titular», disse.
O problema coloca-se porque «nem todos os professores vão poder chegar ao topo da carreira, uma vez que o acesso a professor titular é feito por quotas».
Marco Rosa é peremptório em afirmar que «esta mudança na carreira é feita por razões puramente economicistas».
Às 15 horas, ainda não era possível avaliar o número de professores presentes na marcha, sendo que o objectivo dos sindicatos era atingir os 15 mil manifestantes.
No final da manifestação, são apresentadas novas formas de luta, que segundo o barlavento.online apurou junto da estrutura sindical, deverão passar por greves, que não serão feitas nem próximas aos fins-de-semana, nem aos feriados, e que deverão ter a duração de mais de um dia.