Zoomarine está prestes a repetir o que considera «uma das mais bonitas tradições»: devolver ao mar tartarugas marinhas reabilitadas pelos profissionais associados ao Porto d’Abrigo (o centro de reabilitação para espécimes aquáticos), em colaboração com a comunidade regional de pescadores, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, agentes da Autoridade Marítima Nacional e a Marinha Portuguesa.
A devolução, como sempre, terá lugar a cerca de 10 milhas náuticas (cerca de 20 quilómetros) a sul de Portimão, de modo a permitir distanciar o Querubim(tartaruga-comum, Caretta caretta) e o Quibi (tartaruga-verde, Chelonia mydas) das artes de pesca costeira e de arrasto.
Como é habitual, cada um dos dois quelónios regressará ao mar com um microchip, em tudo semelhante aos que são colocados em cães e gatos. No entanto, devido ao seu reduzido tamanho (6,8 e 2,5 quilogramas), não serão anilhadas.
Esta operação contará com o habitual apoio da Marinha Portuguesa, que novamente integrará esta operação de conservação da Natureza numa das suas missões ao largo da costa Algarvia. A devolução terá início no Porto d’Abrigo do Zoomarine às 8h15 do dia 20 de Julho, segunda-feira, para permitir uma saída do Ponto de Apoio Naval de Portimão às 10h00. O regresso a terra está previsto para as 12h30.
A ação, «na sua complexidade, já vai sendo uma feliz rotina – técnica, legal e temporal», explica fonte do Zoomarine, acrescentando que «por isso, é tão bom saber que, em tempos tão surreais como aqueles que agora vivemos, ainda há tradições e normalidades que nos deixam felizes e com esperança no futuro mais risonho – o nosso futuro e o futuro do nosso planeta».
Entretanto, o desejo é que «as boas marés protejam a Quibi e a Querubim nesta segunda fase de vida independente – e que o seu exemplo de luta e resistência e vitória seja um sinal de esperança para todos nós».