O SITE-SUL denunciou hoje preocupação com «o risco elevado» dos trabalhadores das Águas do Algarve (AdA) na sua atividade diária, «principalmente os técnicos operativos da ETAR Faro/Olhão». Empresa refuta acusações.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-SUL) diz que alertou a administração da empresa Águas do Algarve na reunião realizada em dezembro de 2020, da exposição ao risco dos trabalhadores da empresa, sobretudo no que toca aos que trabalham nesta ETAR, sem os mesmos beneficiarem até à presente data do respetivo subsídio de risco, algo que é do seu inteiro direito.
Quanto aos trabalhadores da ETAR Faro/Olhão, para além do risco elevado dos Técnicos Operativos considera o SITE-SUL que «estará a totalidade dos trabalhadores a laborar numa atmosfera bastante prejudicial para sua saúde, devendo a empresa realizar análises periódicas ao ar, no sentido de acompanhar a salvaguarda de um ambiente saudável de trabalho e da saúde dos seus trabalhadores assim como a qualidade do ar em redor da ETAR».
O SITE-SUL diz que tem vindo «continuamente a pugnar junto da empresa reivindicando melhores condições para os trabalhadores da AdA, mas a Administração das Águas do Algarve não tem respondido dignamente às reivindicações apresentadas pelo Sindicato, apesar de todos os anos a empresa Águas do Algarve apresentar lucros apreciáveis com o seu negócio da venda de água e do tratamento das águas residuais».
O sindicato diz ainda que «continuará juntamento com os trabalhadores das Aguas do Algarve a sua luta por melhores condições de segurança e saúde no trabalho, aumento salariais, atribuição subsídio risco, valorização das carreiras profissionais entre outras, principalmente por muitos dos trabalhadores das Águas do Algarve, desde 2009, apenas terem sido aumentados em 20 euros».
Foi por estas e outras questões internas que a administração das Aguas do Algarve «não resolve, que levou a que os trabalhadores das Águas do Algarve tivessem participação ativamente na greve do Grupo ADP realizada no passado dia 11 de Junho de 2021».
Contactada pelo barlavento, Teresa Fernandes, porta-voz da Águas do Algarve, em resposta às acusações do SITE-SUL esclarece que «todos os seus trabalhadores possuem os meios necessários à minimização da sua exposição aos riscos operacionais, quer seja pela utilização de equipamentos de proteção coletiva e individual adequados e quer seja pela utilização de equipamentos de medição e monitorização de gases que permite identificar e conhecer, em cada momento, os potenciais riscos associados à sua atividade».
Além disso, diz a fonte oficial da empresa que «as instruções de trabalho são claras relativamente às condições em que podem desempenhar as suas funções e às condições em que não o podem fazer, da mesma forma é assegurada formação contínua para as diferentes atividades exercidas, complementada por procedimentos de suporte e acompanhamento pelos Técnicos de Segurança da Águas do Algarve».
«Sempre que é detetada uma situação anómala a mesma é analisada e avaliada por forma a procurar a sua breve resoluçã0», garante.
Por fim, no que respeita a aumentos salariais, atribuição de subsídio de risco, valorização das carreiras profissionais, entre outras questões, Teresa Fernandes lembra que «decorrem negociações para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do Grupo Águas de Portugal, pelo que a resolução destas questões depende exclusivamente dessas negociações».