Cidadãos acusam autarquia de «violar» sentença do Tribunal de Loulé e de avançar com máquinas para limpar toda a vegetação da Ribeira de Aljezur.
«Aproveitaram-se do facto de a sentença proferida pelo Tribunal não ter proibido a continuação dos trabalhos, antes colocando restrições à forma como esses trabalhos poderiam ser levados a cabo, a Câmara Municipal tem feito na Ribeira de Aljezur, desde outubro, aquilo que a sentença não permite», dizem em nota enviada ao barlavento.
É «inadmissível o comportamento da autarquia na Ribeira de Aljezur ao violar claramente aquilo que foi a sentença proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé no âmbito da providência cautelar interposta pela Arriba em nome dos cidadãos» no Processo nº 3/22.4BELLE (Providência cautelar).
O município de Aljezur, «pela mão dos seus responsáveis, mas não exclusivamente o vereador da área do ambiente, aproveitaram-se do facto de a sentença proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé não ter proibido a continuação dos trabalhos, antes colocando restrições à forma como esses trabalhos poderiam ser levados a cabo, para fazer aquilo que a sentença não permite».
«Na realidade, o que se tem verificado desde meados de setembro e principalmente no inicio da semana de 17 de outubro, é a colocação de máquinas rotativas dentro da ribeira que removem, sem qualquer critério e, como dissemos, contra ordem expressa do tribunal, toda a vegetação existente, incluindo canas».
Este diferendo já se arrasta, pelo menos, desde dezembro do ano passado.