Projeto «Limp’Arte Olhão» convida jovens de Olhão a terem umas férias mais verdes, fazendo a diferença na limpeza da cidade e da Ria Formosa com uma vertente artística.
O «Limp’Arte Olhão» está nas ruas. Durante três semanas pode ver-se um grupo de jovens pela cidade a realizar ativismo ambiental.
Parte da recolha do lixo será utilizada para criação de uma exposição artística cujo objetivo final é de sensibilizar para o 13º, 14º e 15º Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: ação climática; proteger a vida marinha; proteger a vida terrestre.
O projeto é uma candidatura da MOJU – Associação Movimento Juvenil em Olhão ao Programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas através do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), com a parceria da Junta de Freguesia de Olhão, a mesma tem um grande impacto na inventariação dos locais e dos apoios que disponibilizou materiais e espaços para que o trabalho seja possível.
Tem a duração de 15 dias, sendo cinco dias por semana, num total de três semanas, a contar desde 25 de julho até 12 de agosto.
É dividido em três fases. A primeira, na qual são feitas as apresentações, team-building e inventariação das áreas de intervenção com o grupo e as entidades locais.
Já a segunda fase é dividida por três dias de trabalho de campo a recolher o lixo e dois dias a limpar e trabalhar os materiais para criação artística.
Por fim, na terceira e última semana para finalizar os trabalhos e fechar o projeto a 12 de agosto om as comemorações do Gabinete de Bairro da MOJU, o Dia Internacional da Juventude e por 2022 ser o Ano Europeu da Juventude.
Catarina Arraes, ex-dirigente da associação e atual presidente da Mesa de Assembleia da associação, encontra-se a dinamizar o projeto, reforça que os jovens são quem tem o poder de decisão na maioria das situações apresentadas.
«Estou aqui como jovem, apesar de uma jovem com mais alguma idade que elas e eles. O objetivo dos programas do IPDJ é o trabalho de jovens para jovens. A minha abordagem é trabalhar com os jovens e não para eles. Não precisam de projetos para participarem, precisam de espaços para serem ouvidos. Eu posso ter feito a candidatura e feito os contactos, mas elas e eles é que estão a comandar, eu posso apenas definir os limites de território e do orçamento dado. Os locais onde fazemos as recolhas, os horários, se precisamos de mais dias de recolha ou de mais dias para trabalhar os materiais artísticos… são decisões que tomamos em conjunto», afirma Catarina Arraes, mestre em Economia da Inovação e Empreendedorismo e Técnica Animadora Sociocultural na qual se especializou em trabalho com a juventude.
A inventariação dos locais a atuar é feito em coordenação com a Junta de Freguesia de Olhão, podendo dar aos jovens o poder de argumentar sobre a sua própria visão da cidade e dos pontos de atuação de necessidade mais eminente.
O trabalho final irá ser apresentado em forma de esculturas e/ou outras formas artísticas e através de uma mostra fotográfica. As datas e os locais a serão divulgados em breve nas redes sociais da MOJU.