Interdição da conquilha leva Olhãopesca a pedir apoio urgente

  • Print Icon

A Olhãopesca – Organização de Produtores de Pesca do Algarve solicitou, na terça-feira, dia 12 de novembro, apoio «urgente» ao Ministério do Mar. Em causa estão as interdições prolongadas à pesca da conquilha, entre a zona oceânica L8 (Faro – Olhão) e L9 (Tavira – Vila Real de Santo António).

Segundo a Olhãopesca, «a arte de ganchorra na zona sul é um segmento da atividade de pesca profissional, localmente enraizado, de elevada importância económica e social no Sotavento algarvio, abrangendo um universo de 50 embarcações licenciadas e em atividade, com epicentro em Olhão e Fuseta».

Entre as capturas, «a conquilha é a principal espécie alvo», sendo que as embarcações de menor porte (50 por cento da frota total), «são extremamente dependentes daquela espécie, uma vez que não possuem capacidade estrutural e motriz para arrastar em águas mais profundas e assim fazer pesca dirigida a outros bivalves».

Nos últimos anos, as interdições à pesca da conquilha, consoante a mesma fonte, têm sido constantes devido à presença de toxinas marinhas, em especial a DSP (Intoxicação Diareica por Marisco). Só este ano, já se totalizaram 152 dias seguidos de interdição (cinco meses).

Um problema que «está a lesar de forma grave armadores que investiram as suas economias nesta atividade, bem como centenas de pescadores que dela sobrevivem, criando graves problemas sociais».

Deste modo, a Olhãopesca «solicita apoio urgente» ao Ministério do Mar, no sentido de «promover uma saída digna» tanto para os mariscadores como para os empresários.

Além disso, a mesma organização pede ainda ao governo que sejam dadas «respostas a uma série de questões e factos sobre a ocorrência de biotoxinas nos moluscos bivalves oceânicos».

Tendo em conta a situação descrita e ausência de respostas por parte do Ministério do Mar, os armadores e pescadores da ganchorra da zona sul, vão concentrarem-se no porto de pesca de Olhão, no cais da sardinha, na terça-feira, dia 19 de novembro às 10 horas, como forma de protesto (pacífico) e de alerta para a situação económica e social existente.