Futuro da floresta de Monchique em debate público pelo projeto BRIDGE

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Equipa do projeto BRIDGE convoca toda a comunidade para construir futuro da floresta de Monchique.

A equipa do projeto BRIDGE que une investigadores do Instituto Superior Técnico, Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e Universidade de Algarve, convida a comunidade de Monchique a participar numa sessão aberta a decorrer na quinta-feira, dia 19 de maio, às 18 horas na Sala Polivalente da Escola EB 2,3 Manuel Nascimento.

O BRIDGE – Unir a ciência e as comunidades locais para a redução do risco de incêndios florestais, é um projeto de investigação iniciado a 15 de março de 2021, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito do concurso de Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico sobre Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

Partindo de uma abordagem antecipatória centrada na prevenção e na mitigação do risco de incêndio florestal, o projeto BRIDGE que conta com o conhecimento tradicional das populações sobre as fragilidades do território e sobre os comportamentos protetivos mais adequados.

A mobilização e envolvimento da comunidade local é uma condição central do projeto como abordagem de investigação.

Pretende-se construir conhecimento com a comunidade e gerar uma maior consciencialização social do risco.

Em julho de 2021, a equipa do BRIDGE iniciou as atividades na área do projeto, a Serra de Monchique.

O trabalho de campo iniciou-se com a apresentação do projeto e início do diálogo com os membros da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Monchique (CMDFI).

Seguiram-se visitas de reconhecimento do território acompanhada por representantes da Câmara Municipal de Monchique e entrevistas com atores-chave na problemáticas dos incêndios florestais, entre eles o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Associação dos Bombeiros Voluntários de Monchique, Associação Monchique Alerta, Associação dos Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal) entre outras.

Estas foram as primeiras atividades no território envolvendo atores locais na perspetiva da investigação-ação participada, estando previstas outras atividades para conhecer as vulnerabilidades socioecológicas, recursos e capacidade adaptativa de Monchique aos incêndios rurais.

O Relatório de Avaliação do Incêndio de Monchique elaborado pelo Observatório Técnico Independente indicou que, em 2018, o distrito de Faro registou 711 focos de incêndios florestais, que resultou numa área total ardida de 27.154 hectares e incalculáveis danos ambientais, materiais e pessoais na região.