AMAL reforça medidas de contingência para combater a seca

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Municípios do Algarve reforçam medidas de contingência para combater a seca. A decisão foi tomada em Conselho Intermunicipal.

Depois de mais uma reunião com a APA, os autarcas do Algarve aprovaram novas medidas conjuntas para fazer face ao grave período de seca que a região atravessa. A decisão foi tomada na reunião do Conselho Intermunicipal, realizada esta sexta-feira.

Encerramento das piscinas municipais públicas durante o mês de agosto e, eventualmente, todo o mês de setembro (à exceção das piscinas abertas nos territórios mais do interior); encerramento das fontes ornamentais (apenas salvaguardando o tempo mínimo necessário de funcionamento para a sua manutenção); redução dos dias de rega; cessar a rega dos espaços verdes públicos relvados com reconversão por espécies autóctones e com necessidades menores de disponibilidade hídrica. Estas são algumas das medidas decididas pelos municípios do Algarve, na reunião do Conselho Intermunicipal, realizada hoje, e que contou também com a presença de Pedro Coelho, diretor da ARH Algarve/ Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Algumas destas medidas já estão no terreno, e outras irão ser reforçadas ou implementadas durante as próximas semanas, tendo em conta o cenário de seca que atinge a região e que em alguns casos é extrema.

António Miguel Pina, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, tinha já alertado para a grave situação que se vive, lembrando que «se o próximo ano hidrológico for igual, a água pode mesmo vir a escassear nas torneiras dos algarvios, em outubro de 2023».

A reunião de hoje reforçou a necessidade de cada município sensibilizar a sua população para a gravidade do problema e para a urgência na redução dos consumos de água.

No início de março, os municípios tinham já avançado com algumas medidas, mas dado o agravar da situação é agora necessário ir mais além.

«Prevê-se um problema sério e grave no Algarve», lembra António Miguel Pina, e «porque as próximas semanas, altura em que a região irá duplicar ou triplicar a sua população, prometem agravar ainda mais o problema, é necessária a implementação de novas medidas».

De recordar que a AMAL está também, em concertação com os municípios, empresas municipais e empresas concessionárias de exploração e gestão dos serviços públicos de distribuição de água, a investir no controlo ativo de perdas de água e na reabilitação de infraestruturas, numa das medidas enquadradas no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).