Águas do Algarve volta a desafiar a criatividade dos jovens algarvios

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Coincidindo com o início de um novo ciclo hidrológico, o Dia Nacional da Água celebra-se hoje, 1 de outubro. Para celebrar a efeméride, a Águas do Algarve e parceiros lançam iniciativas que desafiam a criatividade dos jovens algarvios.

Coincidindo com o início de um novo ciclo hidrológico, o Dia Nacional da Água celebra-se hoje, 1 de outubro. Para celebrar a efeméride, a Águas do Algarve, entidade Responsável pelo Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento da região, e parceiros lançam iniciativas que desafiam a criatividade dos jovens algarvios.

O concurso «Dá-me um nome» é um projeto, que envolve duas personagens que têm como principal função ser utilizadas pela Águas do Algarve, no âmbito das atividades de Educação Ambiental, cuja conduta e mensagem serão representativas da atividade da empresa na região.

Estas novas personagens serão «o rosto ambiental» nas ações dinamizadas com a comunidade escolar e noutras, associando-se sempre a sensibilização, informação e formação ambiental às duas personagens.

Dar a oportunidade aos jovens para batizarem com nomes estes dois «meninos» é a nossa forma de demonstrar a importância que este projeto educacional tem para a Águas do Algarve. O regulamento está disponível aqui.

Por outro lado, neste dia Nacional da Água, numa parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, IP – ARH do Algarve, a Águas do Algarve desafiou as comunidades escolares do Algarve, e de todas as regiões do país a vestirem-se em tom de azul (qualquer azul).

«O nosso objetivo não é mais do que alertar consciências para a atual situação crítica de escassez de água, que se vive atualmente na nossa região, e um pouco por todo o mundo. Trabalhar com os alunos os conteúdos curriculares associados à água, é uma das vertentes desta iniciativa, que dá hoje os primeiros passos», explica Teresa Fernandes, porta-voz da empresa.

Com esta iniciativa, pretende-se sensibilizar a população, com especial ênfase no Algarve para a real gravidade da atual situação, promovendo a reflexão, individual e comunitária, sobre a utilização eficiente e sustentável da água, com vista à adoção de boas práticas na gestão participada deste recurso natural.

É também lançado hoje o Concurso «Água Jovem 2021», que tem como grupo alvo crianças e jovens que frequentem o pré-escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do ensino Básico e os alunos que beneficiam de medidas educativas seletivas e adicionais.

Este ano há dois temas: a importância da Água para a Biodiversidade e a Ria de Alvor.

No primeiro tema « pedimos aos participantes que reflitam sobre os serviços que os ecossistemas aquáticos do Algarve prestam e/ou sobre a importância dos corredores ecológicos para a necessária conexão entre os espaços protegidos, de modo a proporcionar um aumento de sua área e, consequentemente, tornar viáveis diferentes espécies», detalha.

A nível global e local, várias estratégias têm sido definidas com o objetivo de conter o ritmo acelerado da perda de espécies, devido, em grande parte, às atividades antrópicas, que acarretam, entre outros efeitos ambientais, a fragmentação de habitats.

Uma das principais estratégias para preservação in situ da diversidade biológica tem sido a criação de espaços protegidos, conforme proposto pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual Portugal é signatário.

Em relação ao segundo tema, a Ria de Alvor, «tem por objetivo dar a conhecer aos participantes do Concurso a existência de espaços naturais de grande valor ambiental, bem como as pressões a que estão sujeitos, interpelando-os à tomada de consciência dos valores naturais presentes nestes ecossistemas e à necessária proteção dos mesmos».

Reconhecida como Sítio de Importância Comunitária, a área protegida da Ria do Alvor situa-se entre Alvor, Mexilhoeira Grande, Figueira e Odiáxere e tem cerca de 1400 hectares.

A paisagem da Ria é constituída por dunas cinzentas, praias e estuários, terrenos agrícolas, lodaçais e areias a descoberto na maré baixa, cursos de água permanentes, mato seminatural, pinhal e sapais salgados, onde espécies e habitats de interesse comunitário encontram o seu abrigo. Encontram-se igualmente pinheiros mansos, amendoais, alfarrobeiras e vinhas.

Os trabalhos apresentado na edição anterior podem ser consultados aqui.

Um dia para refletir

Segundo Teresa Fernandes, «este dia surge-nos como mais uma oportunidade de reflexão. É importante compreendermos de uma vez por todas, a importância de se efetuar um uso consciente dos recursos naturais do planeta, para que tudo esteja equilíbrio».

«Apesar de todas as dificuldades inerentes à atual pandemia a Águas do Algarve mantém as portas abertas para os serviços essenciais à vida, mantendo o abastecimento contínuo de água para consumo humano em quantidade e elevada qualidade, bem como o tratamento das águas residuais de acordo com os padrões exigidos por lei», acrescenta.

«Tão simples e banal para alguns, mas de uma complexidade enorme para tantos outros, é a necessária compreensão de que sem água doce não conseguimos sobreviver. Toda e qualquer espécie de forma de vida na terra depende da existência de água doce. De toda a água existente no planeta, apenas 3 por cento é água doce. A resistência que ainda persiste na compreensão do valor real da água, deve ser combatido por todos, até que finalmente não haja nenhuma gota a ser desperdiçada. Excessivo, dirão alguns. Mas será mesmo?».

Esta tem sido, aliás, «uma preocupação que vai muito para além do nosso Algarve, ou do nosso país, gerando movimentações governamentais de âmbito mundial. Veja-se que a escassez de água e a seca no quadro da adaptação às alterações climáticas vão ser uma prioridade da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que começa em janeiro de 2021».

Devido aos sucessivos eventos de seca na região a manutenção das ações de sensibilização junto da comunidade, para uma mudança de atitudes e comportamentos naquela que é gestão diária da água, é essencial, e a Águas do Algarve não é indiferente a esta questão.