Zoomarine acolhe Congresso da Associação Europeia de Zoos e Aquários

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Zoomarine coordena evento de ciência, conservação e educação para a sustentabilidade que acontece pela primeira vez em Portugal, em Albufeira.

Quase um milhar de especialistas de quase todo o mundo estão no Algarve, para participar no 30º Congresso da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), evento que tem o apoio e coordenação do Zoomarine.

Os trabalhos decorrem no NAU Salgados Palace Hotel, começaram a 27 de setembro e terminam no sábado, dia 1 de outubro, e contam com 925 participantes e mais de 400 entidades, distribuídos por áreas de gestão distintas e complementares como reabilitação, reprodução e genética, medicina veterinária, conservação da natureza, ciências naturais, educação ambiental, gestão zoológica, legislação, entre outras.

Hoje, 29 de setembro, foi dia da visita oficial ao Zoomarine (o anfitrião).

Os congressistas tiveram a oportunidade de visitar os bastidores do parque temático na Guia, em Albufeira, de conhecer e estudar os projetos de conservação, ciência e educação em curso e de vislumbrar os espécimes que estão envolvidos nos programas de reprodução da EAZA.

Os participantes assistiram ainda à plantação de um raro Carvalho-de-Monchique, espécie criticamente ameaçada de extinção (estima-se que existam menos de 300 exemplares), dando assim início formal ao Jardim Botânico do Zoomarine, um passo acrescido e sustentado na missão de Conservação da Natureza do parque oceanográfico de entretenimento educativo fundado em 1991.

Ao longo do dia de hoje houve ainda uma devolução de uma ave reabilitada, numa ação conjunta com o RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, de Olhão, entidade escolhida para receber o valor recolhido durante o Leilão Silencioso (Silent Auction) que terá lugar esta noite.

Esta é a primeira vez que o congresso anual da EAZA tem lugar em Portugal.

Há pouco mais de 30 anos, um grupo preocupado com a possível extinção de um número crescente de espécies decidiu organizar-se de modo a criar um instrumento europeu para a sua proteção. Foi assim que nasceu o European Endangered Species Programme (EEP), que permitiu otimizar a reprodução de vários indivíduos, de uma forma ética, científica e geneticamente responsável.

Pouco tempo depois, no seguimento desse esforço concertado de várias entidades europeias, de profissionais zoológicos e cientistas, emergia a EAZA.

Nestes tempos de cada vez maior urgência nas temáticas das alterações climáticas e de tantas incertezas geopolíticas internacionais, «é reconfortante saber que tantas entidades e tantos especialistas continuam unidos e tão empenhados numa missão que, cada vez mais, nos impele e incentiva a unir esforços, conhecimentos e corações», informa o Zoomarine.