O Festival de Música e Imagem Som Riscado regressa a diversos espaços da cidade de Loulé, entre os dias 23 e 26 de novembro.
O Som Riscado, Festival de Música e Imagem, está de volta a Loulé para a 8ª edição, com um cartaz recheado de surpresas, mantendo sempre um traço identitário comum às várias edições, o da irreverência, da inovação, da interatividade e da mistura de diferentes valências.
Como habitualmente, o festival ocorre em vários espaços da cidade, tendo como epicentro o Cineteatro Louletano, mas incluindo também o Auditório do Solar da Música Nova, o Palácio Gama Lobo e, nas proximidades, a sede do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé e pela primeira vez, no bar Bafo de Baco.
O Som Riscado inaugura oficialmente a 23 de novembro, às 18h00, no Palácio Gama Lobo, com a instalação interativa «oCo», criada pela Sonoscopia, mas antes, logo no dia 22 há duas sessões para escolas em modo pré-festival com «Texturas», pelo Coletivo Algarve Art Lab, no bar do Cineteatro Louletano.
«Texturas» trata-se de uma performance que cruza a música instrumental (com o clarinetista Rui Travasso e o percussionista Vasco Ramalho) e a arte visual (Luís Marques e Pedro Alves da Veiga), utilizando a média-arte digital como mediador e recorrendo a algoritmos de Inteligência Artificial.
No Som Riscado 2023, «Texturas» será apresentado ao público em geral no dia 23, quinta-feira, às 19h00, no Cineteatro Louletano. A entrada é gratuita.
Regressando ao «oCo», no Gama Lobo, esta instalação interativa estará patente ao longo de todo o festival, de 23 a 26, convidando os visitantes a participarem e a alterarem a paisagem sonora, à medida que produzem sons.
«oCo» é um dispositivo eletroacústico cheio de surpresas, um captador e emissor de som que se molda arquitetonicamente aos espaços «relendo» constantemente o ambiente que o rodeia e emitindo novas paisagens sonoras.
Neste âmbito, há dois workshops dirigidos às escolas do Ensino Secundário e do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, no dia 24, às 10h30 e às 14h30.
Também no dia de abertura, quinta-feira, mas às 21h00, outro concerto com os :PAPERCUTZ, um ensemble de intérpretes de música clássica e a projeção de imagens originais filmadas em Portugal e na Islândia. O vídeo é da autoria de Vasco Mendes, produtor de documentários, curtas ficções e videoclipes. Para ver e ouvir no Cineteatro Louletano.
Dia 24, sexta-feira, é a vez da apresentação de «Over our Heads», às 19h00 e às 21h00, na sede do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé, perto do Palácio Gama Lobo.
«Over our Heads», da bailarina e coreógrafa Marta Cerqueira e do designer e cenógrafo Henrique Ralheta, convida o público a construir desenhos com e sobre linhas. Brincando e criando desenhos suspensos que mudam a cada interação, numa espécie de relação ecológica entre os visitantes e a instalação.
O dia fecha no bar Bafo de Baco, num concerto multimédia de entrada gratuita com os «Holy Nothing», quarteto de música eletrónica que cria diálogos imprevisíveis entre sintetizadores e guitarras baianas, drum machines e pandeiros, bem como com os «Koiástudio», a dupla responsável pela narrativa visual da banda, desde a sua fundação.
A 25, sábado, às 17h00, chegam os «The Gift», com um concerto diferente e conceptual. Trata-se de «Coral», proposta que combina um coro clássico com elementos eletrónicos, unidos pela voz de Sónia Tavares.
Ao vivo, a apresentação envolve os quatro membros da banda e um coro de 20 cantores/as, totalizando 24 pessoas em palco, num espetáculo visual complexo.
«Coral» será apresentado pela primeira vez num concerto inclusivo com Língua Gestual Portuguesa (LGP), permitindo que pessoas Surdas (que falam LGP) tenham uma experiência diferente num concerto de música ao vivo.
Mais tarde, às 21h00, também no Cineteatro, é a vez de Stereossauro, que traz na voz Ana Magalhães. Os dois apresentam «Tristana», um disco sobre a perspetiva feminina, onde todas as músicas são centradas nas suas vivências e situações dramáticas.
«Tristana» aborda assuntos como a violência doméstica, a saúde mental, as oportunidades perdidas e os desgostos amorosos, juntando a música tradicional, a voz do Fado e a guitarra portuguesa com a eletrónica, sintetizadores e caixas de ritmos.
O último dia, 26, domingo, arranca com um workshop por Mariana Miguel, pianista e artista multidisciplinar. A formação, de 45 minutos, prevista para as 11h00, decorre no Auditório do Solar da Música Nova. Os participantes terão oportunidade de mergulhar dentro do piano e explorar timbres e técnicas diferentes na criação de uma composição musical coletiva. As inscrições podem ser efetuadas através de e-mail (cinereservas@cm-loule.pt).
À tarde, também no Auditório, às 17h00, Mariana Miguel faz um concerto ao piano, com videoprojeção interativa. Mariana apresenta o seu primeiro álbum de música original, «Piano Oceano», utilizando técnicas não convencionais num piano preparado, recorrendo a objetos como borrachas, molas, pedaços de madeira, cartão, plásticos e outros, para manipular os sons do instrumento, concedendo-lhe novos timbres e sonoridades.
A fechar o Som Riscado 2023, no mesmo dia, estarão os BandexTV, às 19h00, no Cineteatro Louletano. Um projeto multimédia que junta música, vídeo e crítica social e que desde 2012 publica regularmente vídeos com canções originais baseadas em declarações mixadas de figuras públicas como José Sócrates, Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva ou Jorge Jesus nas televisões, seja nos telejornais, programas desportivos ou de entretenimento.
Os bilhetes já estão à venda na bilheteira física, na plataforma BOL e nos locais aderentes habituais.