O concelho de Olhão dispõe, agora, de mais 32 postos de carregamento de veículos elétricos, que se vêm juntar aos já existentes.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Ricardo Calé, no dia inaugural da Semana Europeia da Mobilidade em Olhão.
Conforme explicou o autarca, este novos equipamentos inserem-se na estratégia da autarquia de facilitar a transição tecnológica e dar condições a quem escolhe esta alternativa amiga do ambiente para se locomover.
«Neste momento, dispomos já de uma das maiores redes de carregadores elétricos per capita do país, mas o nosso objetivo é duplicar este número até julho do próximo ano», acrescentou.
Sabendo que as zonas onde predominam as moradias têm, pela própria tipologia das habitações, melhores condições de implementarem unidades de carregamento próprias, a estratégia do Município foi privilegiar os grandes aglomerados habitacionais do concelho, como sejam as zonas onde predominam os prédios, melhorando, assim, o acesso a este serviço.
O primeiro dia da Semana da Mobilidade em Olhão ficou, também marcado pela inauguração da exposição de carros acidentados, que ficará patente no separador central da Avenida da República, e alerta para as principais causas e consequências dos sinistros rodoviários.
A Escola de Trânsito, um projeto da Polícia Municipal que leva o tema da segurança rodoviária às escolas de forma lúdica e pedagógica, está de volta este ano, e esteve ontem com os alunos da Escola JI/EB1 N.º 4.
Até sexta-feira, decorre um programa de atividades dedicadas à mobilidade sustentável, com o objetivo de se facilitar um debate alargado sobre a necessidade da mudança de comportamentos relativamente à mobilidade na cidade e no concelho de Olhão.
Mobilidade elétrica e neutralidade carbónica
Outro dos conceitos que vai ser apresentado é o da Cidade 15 Minutos, que será, brevemente, aplicado à cidade de Olhão, uma cidade à escala humana que dispõe de condições excecionais para a sua aplicação.
A conceção geral de uma Cidade 15 Minutos é a de que cada pessoa possa ter acesso a todos os serviços essenciais, como escolas, centros de saúde, e a comércio, equipamentos culturais e espaços verdes, sem ter de se deslocar grandes distâncias: no máximo, 15 minutos a pé.
Em destaque na Semana da Mobilidade em Olhão estará, também, a neutralidade carbónica da cidade. Será assinado o protocolo para a elaboração de um estudo, cujo objetivo será definir o papel das pradarias marinhas da Ria Formosa no sequestro de gases com efeito de estufa, de forma a que Olhão possa atingir a neutralidade carbónica antes do objetivo definido de 2050.
As regras de circulação em segurança de trotinete, bicicleta e moto elétrica serão o tema de uma ação de sensibilização levada a cabo pela Polícia de Segurança Pública junto dos alunos da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, a faixa etária onde o recurso a estes meios de transporte é mais prevalente.
De volta estão duas iniciativas que tiveram lugar em 2022: a exposição de carros acidentados, que este ano estará patente no separador central da Avenida da República, e que alerta para as principais causas e consequências de acidentes rodoviários, e a Escola de Trânsito, um projeto da Polícia Municipal que leva o tema da segurança rodoviária às escolas de forma lúdica e pedagógica.
As crianças vão ter, de resto, um papel fundamental nesta Semana da Mobilidade: os automobilistas que circulem na Avenida 5 de Outubro no dia 22 de setembro e serão, provavelmente, abordados por «polícias de palmo e meio», que acompanharão os agentes da Polícia Municipal numa missão de sensibilização para uma condução em segurança dentro da cidade.
Anualmente, os cidadãos europeus têm a oportunidade de gozar uma semana inteira de atividades dedicadas à mobilidade sustentável, com o objetivo de se facilitar um debate alargado sobre a necessidade da mudança de comportamentos relativamente à mobilidade, em particular no que toca à utilização do automóvel particular.
Os objetivos principais da Semana Europeia da Mobilidade são encorajar o desenvolvimento de comportamentos compatíveis com o desenvolvimento sustentável e, em particular, com a proteção da qualidade do ar, com a mitigação do aquecimento global e com a redução do ruído; consciencializar os cidadãos para os efeitos que a sua escolha de um modo de transporte, terão na qualidade do ambiente; proporcionar aos cidadãos oportunidades para se deslocarem a pé, utilizarem a bicicleta e os transportes públicos, em vez do automóvel privado e ainda, promover a intermodalidade; e proporcionar aos cidadãos uma oportunidade para redescobrirem a sua cidade ou vila, os seus habitantes e o seu património, num ambiente mais saudável e agradável.