O Centro Autárquico de Quarteira mostrou-se pequeno para as mais de 150 pessoas que quiseram marcar presença na audição pública sobre Alojamento Local promovida pelo Partido Social Democrata (PSD) do Algarve.
Em debate estiveram as mais recentes propostas do governo sobre a matéria, alvo de muitas críticas por parte do público bem como de Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, Rui Cristina, deputado à Assembleia da República e de Helena Raimundo, membro da Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP).
Cristóvão Norte sublinhou: «regular sim, destruir jamais. O Alojamento Local representa 42 por cento das dormidas e é uma realidade incontornável no panorama económico regional e nacional. Há quem se vanglorie, como o governo, com os números do turismo, mas tudo faz para erradicar um sector que é responsável pela criação de emprego».
Na opinião do presidente, «está-se a criar um buraco negro na região, a qual tem mais de 40000 alojamentos locais. Querem de novo mais economia paralela ou pura e simplesmente não querem economia nenhuma? O PSD Algarve tudo fará para que o bom senso prevaleça e o radicalismo que o Governo revela nestas medidas não avance».
Por sua vez, Rui Cristina enfatizou: «pensar que estas medidas contra o Alojamento Local resolvem ou sequer contribuem para resolver o grave problema da habitação no país, é uma mentira».
«Não vamos ter medo das palavras. O governo mente e sacrifica um sector que contribui para o crescimento económico, em vez de incentivar e fortalecer a atividade económica, para aumentar a receita do Estado, que poderia assim investir na construção de habitações a custos controlados, para ser possível o seu a arrendamento a valores suportáveis pelos que têm rendimentos médios, apontou o deputado.
Já Helena Raimundo relatou a posição da ALEP, pontuando a sua intervenção com vários dados, manifestando que «as propostas do governo, ameaçam a sobrevivência do sector» do Alojamento Local.
Cristóvão Norte assegurou ainda que «o PSD Algarve tomará todas as iniciativas ao seu alcance para travar estas medidas. São injustas, infundadas, resultado de preconceitos e fortemente lesivas de muitos milhares de pequenos proprietários e de toda a economia que provém desta atividade».