Segundo os últimos dados do INE, os proveitos da atividade turística cresceram 15,7 em setembro em termos homólogos.
Os proveitos totais da atividade turística cresceram 15,7 por cento em setembro em termos homólogos, para 707 milhões de euros, superando em mais de 40 por cento os de 2019, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Já os proveitos só de aposento aumentaram 17 por cento, somando 550,9 milhões, acrescenta.
Segundo os dados do INE, no período acumulado de janeiro a setembro de 2023 as dormidas cresceram 11,3 por cento (+1,7% nos residentes e +16,1 por cento nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 21,3 por cento nos proveitos totais e 22,5 por cento nos relativos a aposento (+38,8 por cento e +41,6 por cento, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
Neste período, os proveitos atingiram 4.800 milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 3.700 milhões de euros.
«Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, 38,8 por cento e 41,6 por cento, respetivamente, refletindo também o aumento generalizado dos preços», nota o INE.
No acumulado até setembro, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa (+28,8 por cento e +30,4 por cento, respetivamente), na Região Autónoma dos Açores (+28 por cento e +29,5 por cento), no Norte (+25,9 por cento e +27,1 por cento) e na Madeira (+25 por cento e +28,4 por cento).
Já face a igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nos Açores (+60,2 por cento e +62,3 por cento, respetivamente), na Madeira (+56,9 por cento e +69,3 por cento), no Norte (+49,2 por cento e +51,6 por cento) e no Alentejo (+47,2 por cento e +52,4 por cento).
Considerando o terceiro trimestre de 2023, as dormidas cresceram 3,2 por cento (-4,4 por cento nos residentes e +7,2 por cento nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,8 por cento nos proveitos totais e 12,9 por cento nos relativos a aposento (+39,5 por cento e +41,7 por cento, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
No mês de setembro, o sector do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes (+9 por cento) e 8,2 milhões de dormidas (+6,7 por cento), gerando 707 milhões de euros de proveitos totais (+15,7 por cento) e 550,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+17 por cento).
«Comparando com setembro de 2019, continuam a registar-se aumentos mais expressivos, 41 por cento nos proveitos totais e 43,9 por cento nos relativos a aposento, refletindo também os aumentos dos preços dos serviços prestados”, detalha o INE.
No mês em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 87,9 euros (+12,5 por cento; +32,7 por cento face a 2019) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 127,1 euros (+10,4 por cento; +30,8 por cento em relação a 2019).
O valor mais elevado de ADR ocorreu na Área Metropolitana de Lisboa (159,7 euros), onde voltou a atingir novo máximo histórico, seguindo-se o Algarve (134,1 euros) e o Norte (119,1 euros), tendo este último também alcançado novo máximo histórico.
Numa análise mensal por município, o INE nota que «um número significativo» de municípios do Algarve continua aquém dos níveis pré-pandemia, destacando-se o de maior peso nas dormidas, Albufeira (quota de 11,2 por cento, -10,2 por cento face a setembro de 2019), em contraste com Lisboa (quota de 17,7%), Porto (quota de 7,6%) e Funchal (quota de sete por cento), que registaram acréscimos de +9,4 por cento, +31,2 por cento e +23,4 por cento, respetivamente.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,6 milhões de hóspedes e 68,1 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 13,6 por cento e 10,9 por cento, respetivamente.
Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 8,2 por cento (+6,5 por cento nos residentes e +9,2 por cento nos não residentes).