Profissionalização dos bombeiros do Algarve atinge os 56 por cento

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Dos 1.289 bombeiros do Algarve, 727 são profissionais. Nos últimos dois anos foram criadas 29 novas equipas na região.

A Base de Apoio Logístico do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Quarteira, foi palco da cerimónia oficial de assinatura dos protocolos e apresentação de sete novas Equipas de Intervenção Permanente (EIP), a qual foi presidida pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, na terça-feira, dia 15 de novembro.

Assim, há agora 38 EIP com 190 operacionais, distribuídos pelas 13 associações humanitárias de bombeiros algarvias. Nos últimos dois anos, acrescentaram-se 29 novas equipas.

As EIP são constituídas por protocolo celebrado entre as autarquias, as associações humanitárias de bombeiros e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e, neste quadro de cooperação, numa parceria entre as administrações local e central. O custo anual, por equipa, de 71.687 euros, é dividido, equitativamente, entre a autarquia e a autoridade, que assumem na íntegra todos os custos inerentes às remunerações e despesas laborais dos bombeiros que integram estas unidades de resposta.

Durante a cerimónia foi dado a conhecer o «exigente processo» de recrutamento e seleção para dotar estas equipas de cinco bombeiros cada, um dos quais na qualidade de chefe, que respeita, entre outros critérios, a diversidade de género.

O Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, em articulação com a Escola Nacional de Bombeiros, articula um programa inovador de aprontamento, que garantiu 122 ações pedagógicas (cursos e treinos) realizadas em 2022, e que atingiram as 4.543 horas de formação e chegaram a 1.958 formados, tal como nos 24 exercícios operacionais de âmbito regional focados nas situações de exceção.

Hoje, dos 1.298 bombeiros que integram os 17 corpos de bombeiros que cobrem a região do Algarve, 571 estão enquadrados no regime de voluntariado e 727 no regime profissional, destes, 228 são da carreira de Bombeiro Sapador, e integram os mapas de pessoal das quatro Câmaras Municipais que detêm corpos de bombeiros e agora, com este reforço, passam a ser 499 os operacionais contratados pelas Associações Humanitárias de Bombeiros e que escolheram esta profissão. Isto representa um incremento na profissionalização de 50 para 56 por cento no último ano.

Estiveram presentes Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé; Steven Piedade, presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve; Duarte da Costa, presidente da ANEPC e António Miguel Pina, presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal e da Comissão de Proteção Civil do Algarve.

Os bombeiros algarvios, nas diferentes vertentes de intervenção, respondem a mais de 47 mil ocorrências anuais, entre missões de emergência pré-hospitalar, combate a incêndios, acidentes, salvamentos especiais, manuseamento de substâncias perigosas e nas valências inerentes ao comando e controlo e sustentação logística das operações.

Bombeiros do Algarve presentes em Loures

A Federação dos Bombeiros do Algarve fez-se representar pelo presidente, Steven Sousa Piedade, e pelo vice-presidente, Mário de Freitas, no Conselho Nacional da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), que teve lugar na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Loures, no sábado, dia 19 de novembro.

A revisão orçamental de 2022, o plano de atividades e orçamento para o próximo ano, foram alguns dos trabalhos. Foi também aprovada por unanimidade uma moção que, entre outros assuntos, agenda um congresso extraordinário em março de 2023. Por sua vez, Steven Sousa Piedade sugeriu aproveitar essa data para discutir os estatutos da LBP e fazer uma «análise profunda» ao sector.

Mostrou também a forma como são protocoladas, anualmente, as equipas que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), tendo sugerido que deveriam permitir às associações humanitárias gerirem os operacionais destas unidades de melhor forma, segundo as suas disponibilidades.