Porto de Pesca da Baleeira motiva PCP a questionar o governo

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O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP), por intermédio do deputado Paulo Sá, questionou a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, sobre qual a justificação para que o cais flutuante de apoio à pesca do Porto da Baleeira, em Sagres, concelho de Vila do Bispo, inaugurada no dia 7 de setembro de 2018, já estivesse inoperacional menos de um mês depois, «transformado numa ilha pouco mais do que inútil».

Segundo o PCP, no dia 7 de setembro de 2018, foi inaugurado com pompa e circunstância, com a presença da Ministra do Mar e do Secretário de Estado das Pescas, o cais flutuante de apoio à pesca do Porto da Baleeira.

Menos de um mês depois, «o cais já não estava operacional. O passadiço de acesso foi retirado para terra e o cais tornou-se numa ilha flutuante, pouco mais do que inútil», lamenta o PCP em nota enviada às redações na sexta-feira, 14 de junho.

Há muitos anos que o PCP «insiste na necessidade de proceder à reabilitação das duas pontes-cais do Porto da Baleeira, as quais, por estarem tão degradadas, não podem ser utilizadas».

Em meados de dezembro de 2016, em resposta a um requerimento do Grupo Parlamentar do PCP a tutela divulgou uma lista de intervenções nos portos de pesca do Algarve, que incluíam a reabilitação destas pontes-cais, com um custo previsto de 1,2 milhões de euros e data de conclusão em 2019.

«Esta obra não saiu do papel! Em vez da prometida reabilitação das pontes-cais, o governo optou pela construção de um cais flutuante, o qual, como acima referido, não durou sequer um mês», acusa o PCP.

Na visita que realizou ao Porto de Pesca da Baleeira, no dia 3 de junho, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, «constatou que ainda não foi encontrada uma solução para a zona de arrumos de aprestos, localizada no extremo sudoeste do cais da Docapesca».

Em maio de 2016, o Ministério do Mar informou que o problema estava a ser resolvido.

«Volvidos três anos, o problema não está resolvido e tudo continua na mesma na zona de arrumos de aprestos».